Falta de médicos adia abertura do Serviço de Urgência Básico de Coruche
Última data apontada para abertura da nova valência foi Julho passado
Presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), exige que ARS ponha o SUB a funcionar e quer também resposta para a falta de médico de família na freguesia do Biscainho.
O Serviço de Urgência Básico de Coruche (SUB), que tinha abertura prevista para Julho passado, ainda não entrou em funcionamento devido à falta de médicos. A explicação foi dada a O MIRANTE pela directora do Agrupamento de Centros de Saúde Lezíria II, Luísa Portugal, que diz não poder avançar datas para o problema estar resolvido.A mesma responsável diz que a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo “está a tentar resolver o assunto” e informa que as novas instalações, prontas e equipadas há cerca de três meses, estão a acolher actualmente o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Coruche. “Não fazia sentido não serem utilizadas. Trata-se do mesmo serviço que já era prestado, mas em melhores condições”, observa Luísa Portugal.A indefinição quanto à abertura do Serviço de Urgência Básica de Coruche levou o presidente da Câmara Municipal de Coruche a solicitar uma reunião com carácter de urgência à direcção da Administração Regional de Saúde. “Foram criadas expectativas que não estão a ser cumpridas. A entrada em funcionamento daquele equipamento tem sido constantemente adiada. Penso que é lamentável ter sido feito todo aquele investimento em infra-estruturas e equipamento, para agora não ser utilizado, é outro assunto que pretendo ver esclarecido de uma vez por todas, quando me reunir com a administração da ARS”, diz Dionísio Mendes citado em comunicado emitido pela autarquia. Na mesma nota recorda-se que a ARS disse no início do Verão passado que o SUB entraria em funcionamento até final de Julho. A notícia foi veiculada por O MIRANTE a 23 de Junho com base nas declarações de Luís Afonso, vice-presidente do conselho directivo da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. À margem do lançamento da monografia “Centro de Saúde Coruche”, disse que o novo equipamento ia entrar em funcionamento durante o mês de Julho e com dois médicos em permanência, entre as 08h00 e as 20h00. No período nocturno, a urgência seria assegurada apenas por um clínico.Biscainho novamente sem médicoA falta de médico de família na extensão de saúde do Biscainho constitui outra preocupação para a Câmara de Coruche. Dionísio Mendes tem feito também diligências no sentido de resolver o mais rapidamente possível a situação e continua à espera de ser recebido pela ARS. “Têm que me dar respostas objectivas sobre esta inadmissível situação, quero saber o que digo àquela população e quero encontrar soluções para este problema”, declara Dionísio Mendes citado na nota de imprensa. Luísa Portugal explica que o médico aposentado que ali prestava serviço recusou os novos moldes contratuais propostos e decidiu deixar as funções, pelo que o ACES Lezíria II está a tentar substituí-lo. As pessoas com doença aguda podem recorrer ao Centro de Saúde de Coruche.Segundo a autarquia, “os utentes dessa freguesia não conseguem marcar consultas no Centro de Saúde de Coruche e para obterem uma simples receita de rotina são obrigados a recorrer a médicos particulares”. A população reuniu-se recentemente e decidiu avançar com manifestações populares, caso não se encontre uma solução rápida para o problema.
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