Bailado contemporâneo enche Ateneu Artístico Vilafranquense
A Companhia Portuguesa de Bailado Contemporâneo (CPBC) apresentou os espectáculos “Toque”, de Clara Andermatt, e “Salto Immortale”, de Denise Namura e Michael Bugdahn, na passada sexta-feira, no dia 19 de Novembro, no Ateneu Artístico Vilafranquense. A entrada gratuita ajudou a encher quase todos os 570 lugares disponíveis do auditório. “É muito bom actuar para uma sala cheia como a que tivemos em Vila Franca. Não estávamos a contar com tanto público, especialmente numa sexta-feira chuvosa, quando todos estão cansados de uma semana de trabalho. Para nós, artistas, é muito gratificante”, disse a directora artística, Liliana Mendonça, que levou no coração “uma boa sensação pela excelente recepção da companhia”. A bailarina que também integrou os espectáculos apresentados deixa escapar que gostava de ver mais reconhecido o trabalho de um bailarino. “É tão curta a duração da carreira de um bailarino que, às vezes, tenho pena que o nosso trabalho não seja ainda mais reconhecido. O público deveria assistir ao trabalho que está por detrás da preparação de um espectáculo”. O espectáculo “Salto Immortale” é inspirado no conto “A terceira margem do rio” do autor brasileiro José Guimarães Rosa. “Trata-se da história de um homem que se evade de toda e qualquer convivência com a família e com a sociedade, preferindo a completa solidão do rio, lugar em que, dentro de uma canoa, rema “rio abaixo, rio a fora, rio a dentro”, lê-se no comunicado divulgado pela CPBC. “O Toque” seguiu uma “construção abstracta, sendo habitada espontaneamente por personagens, objectos e emoções que tocam e se ouvem”. A julgar pela recepção do público, foram dois espectáculos completamente ganhos.
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