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Uma fabulosa viagem na máquina do tempo pelos museus de Vila Franca de Xira

Uma fabulosa viagem na máquina do tempo pelos museus de Vila Franca de Xira

Quarto volume da colecção de guias, da autoria de Orlando Raimundo, já está à venda

O Museu Municipal de Vila Franca de Xira, com os seus quatro núcleos, e o Museu do Neo-Realismo são os “navios almirantes de uma frota poderosa, que convida a viajar pela História”, escreve Orlando Raimundo. O quarto volume da colecção de guias “Vila Franca de Xira. Saber mais sobre…” - dedicado aos museus – já está à venda.

“Os museus de Vila Franca de Xira oferecem uma fabulosa viagem na máquina do tempo – desde a pré-história ao admirável século XX, passando pela ocupação romana, a Idade Média e a Revolução Industrial”.O convite é feito por Orlando Raimundo, autor do guia “Vila Franca de Xira. Saber mais sobre…” dedicado aos museus do concelho. O quarto volume da colecção, editada pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, foi apresentado ao final da tarde de sexta-feira, 19 de Novembro, no Núcleo Museológico de Alverca. “Se «o destino morreu de repente», como ironizava Redol, é de nós, da nossa vontade, mobilização e determinação que depende o futuro. Mas o sucesso da expedição exige saber quem somos, de onde viemos, que experiências juntámos. Aos lugares dessa memória chamados museus”.O Museu Municipal de Vila Franca de Xira, com os seus quatro núcleos, e o Museu do Neo-Realismo são “os navios almirantes de uma frota poderosa”, que convida a viajar pela História e património, artes plásticas, fotografia, literatura, arqueologia, etnografia, arte sacra, a vida e obra de homens singulares como Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes, Sousa Martins, Vidal Baptista e Mário Coelho escreve Orlando Raimundo.E como falar de museus é falar também da identidade de um povo, a este conjunto de espaços de histórias e identidade haverá a juntar, no futuro, o Museu da Tauromaquia, sugere o autor. O escritor e jornalista confessou no dia da apresentação do guia que a experiência está a ser rica em conhecimento. “Costumo dizer a brincar que estou a tirar o curso de mestrado em Vila Franca de Xira”.A chefe da divisão de património e museus da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Graça Nunes, realça que o livro é importante para que as pessoas possam saber onde deslocar-se e que colecções existem no concelho. A presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, que não pôde estar presente e fez-se representar pelos vereadores João de Carvalho e Conceição Santos, escreveu no prefácio do guia que Vila Franca de Xira tem a satisfação de possuir, como parte integrante do seu património cultural, um conjunto de museus cujo valor ultrapassa em muitos casos, o interesse concelhio. “Da arqueologia à arte sacra, da literatura à aeronáutica, da tauromaquia à etnografia, o quarto volume desta colecção permite-nos saber mais sobre os museus do nosso concelho”.O primeiro volume da colecção, de um conjunto de dez, foi dedicado às “Feiras, Festas e Romarias”. O segundo volume aborda “As linhas defensivas de Torres Vedras” e o terceiro fala sobre “Gastronomia”. Cada guia custa três euros e está à venda no museu municipal, museu do neo-realismo, em Vila Franca de Xira.A história que Manuel da Fonseca deixou por contarNo dia da apresentação do quarto volume da colecção de guias “Vila Franca de Xira. Saber mais sobre…”, dedicado aos museus do concelho, o autor, Orlando Raimundo, contou duas histórias sobre dois personagens ligados a Vila Franca de Xira. Lembrou Alves Redol - que não chegou a conhecer - e a peça “O destino morreu de repente” que foi escrita para ser representada no espaço de um circo e nunca chegou a ser levada à cena, apesar do grupo de teatro de Campolide, a que pertenceu, o ter tentado.E contou ainda uma outra história que Manuel da Fonseca, uma das figuras em destaque no Museu do Neo-Realismo, deixou por escrever na altura do livro “Seara de Vento”. Numa altura de grande desemprego no Alentejo, o largo era o centro do mundo onde se reuniam os trabalhadores, entre os quais estava o Maltês, “uma personagem fantástica, um anarquista, um tipo que acha que não vale a pena lutar”.“O Manuel contou que o Maltês estava todo esfarrapado. Então um dos agrários disse «Passa pelo monte que tenho uma roupa para te dar. Não precisas de roupa? Não tens frio?» O Maltês olhou para o agrário e disse: «O agrário tem frio na cara? Eu sou todo cara».”Um dos episódios mais interessantes era um episódio verdadeiro, que ele não teve coragem de meter no livro porque achariam que estava a imaginar além do razoável, revelou Orlando Raimundo.
Uma fabulosa viagem na máquina do tempo pelos museus de Vila Franca de Xira

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