Tagusvalley ambiciona autonomia financeira em 2020
Actualmente, o tecnopólo é sustentado pela Câmara Municipal de Abrantes
Plano estratégico agora apresentado defende que Tecnopólo deve ambicionar a expansão internacional.
Dez anos após ser inaugurado em Alferrarede, Abrantes, o “Tagusvalley” - Tecnopólo do Vale do Tejo pretende agora vir a tornar-se num espaço de referência no que concerne à oferta de serviços especializados e diferenciados ambicionando, através destes, tornar-se financeiramente autónomo. Esta é uma das visões contidas no Plano Estratégico para 2020 que a equipa de Augusto Mateus Associados apresentou na manhã de 17 de Novembro, perante duas dezenas de convidados no INOV'POINT, em Abrantes. A estratégia, segundo Augusto Mateus, reside em articular a capacidade que existe actualmente para desenvolver “actividades interessantes” com um conjunto de tecnologias e competências que já são fornecidas pelas estruturas empresariais existentes, a que acresce a mais-valia da futura implementação e desenvolvimento do ensino superior nesse espaço.Para o ex-ministro da Economia, “não é possível desenvolver o Tecnopólo de Abrantes sem a presença de Ensino Superior” aliado a uma capacidade de desenvolver e sustentar “competências médias e médias altas”, de modo a conseguir atrair actividade empresarial. “Temos que casar as necessidades humanas e sociais com os conhecimentos. A economia funciona quando temos a capacidade de identificar as necessidades primeiro que os outros e irmos buscar os recursos correctos para responder às mesmas” disse, considerando que mais do que valorizar a região, o Tecnopólo deve ambicionar a expansão internacional, motivo pelo qual é designado como “Tagusvalley”. A missão delineada para o Tagusvalley nos próximos dez anos, de acordo com Sérgio Lorca, da Augusto Mateus Associados, passa por dinamizar a competitividade empresarial com base na promoção de serviços considerados inovadores para as empresas. “Temos que apostar numa gestão qualificada, percebendo que os clientes não estão aqui mas sim lá fora” disse o consultor, frisando a necessidade de uma constante articulação entre Câmara Municipal de Abrantes, Instituto Politécnico de Tomar, Tejo Energia, Instituto Politécnico de Santarém e Nersant, que constituem o núcleo de parceiros do Tecnopólo. “A partir do momento em que a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes for implantada no Tecnopólo, há um conjunto de Serviços que vão começar a procurar instalar-se nesta zona”, considera Sérgio Lorca, que apresentou o plano. Segundo esse responsável, o mais aliciante de todo este processo passa por conseguir transformar uma estrutura que agora se apresenta “muito limpa” num pólo prestador de serviços de referência que, ao serem prestados, vão suportar o custo de funcionamento do Tagusvalley, actualmente a cargo da Câmara de Abrantes. “A autarquia entende esta sua participação financeira como uma forma de assumir a sua responsabilidade social na região e no concelho para fomentar a sua economia”, explicou a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS), para quem este plano representa um “trabalho excelente realizado ao longo de muitos meses”. A autarca anunciou ainda que, durante este processo, foram aprovadas duas candidaturas no valor de cinco milhões de euros, uma no âmbito das infra-estruturas científico-tecnológicas e outra no âmbito dos espaços de tecnologia, que vão capacitar o parque de novas infra-estruturas, a par da instalação da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes.
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