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O último Governador Civil de Lisboa

O último Governador Civil de Lisboa

António Galamba nasceu em Vila Franca de Xira, mas cresceu em Alverca

António Galamba é provavelmente o último Governador Civil de Lisboa. Quem adivinha o futuro é o próprio em jeito de desafio ao PSD. Até que esse dia chegue o socialista - nascido em Vila Franca de Xira, criado no Bom Sucesso, em Alverca - vai gritando aos sete ventos, na rede das redes, os trabalhos incessantes de um governador que se multiplica sete dias da semana entre aniversários, inaugurações e sessões solenes. Tem sentido de missão. Quer servir a política e não servir-se dela. Por isso abdicou dos 400 euros de um subsídio de habitação e vive num apartamento emprestado por familiares. É um pai e marido distante, com peso na consciência, cozinheiro solitário nas noites de Lisboa.

O Governador Civil de Lisboa está no Facebook e faz questão de informar quando vai a caminho de um evento. É uma forma dar visibilidade ao que faz?Há um grande afastamento entre os titulares de cargos públicos e os cidadãos. Temos a obrigação de dar um contributo para reduzir essa distância. A internet é um bom instrumento. Ajuda a clarificar sobre as competências do governo civil. Também o faço porque da mesma forma que tento estar no terreno quero dar conhecimento do que estou a fazer às pessoas com quem não posso contactar fisicamente.No ano passado, aquando das cheias em Alhandra e Vila Franca de Xira, vimos o senhor Governador Civil no terreno. Costuma ser acordado durante a noite?Acontece. O meu telemóvel está ligado 24 horas por dia. Tenho que colocar as mensagens em silêncio. Recebo mensagens de todas as ocorrências do distrito e se não fosse assim estariam sempre a pingar, mas tenho um código estabelecido com o comandante distrital de operações de socorro. Se houver uma ocorrência grave ligam-me. Estou sempre disponível. A prontidão faz parte do cargo e é uma atitude solidária com aqueles que têm que estar prontos para intervir: bombeiros, protecção civil, GNR e PSP.Qual foi a situação mais complicada que o fez levantar da cama?A intempérie de 23 de Dezembro do ano passado que atingiu a zona Oeste. Nesse dia até dormi com as persianas abertas. Fui tendo ao longo da noite a percepção de que estavam a acontecer coisas graves. Às três da manhã fui acordado. Decidimos fazer um ponto de situação às 9h00. Foi marcante ver o desespero daqueles agricultores - muitos tinham acabado de instalar as suas estufas - a olhar para as estruturas completamente destruídas. Mas também me impressionou há pouco tempo, quando lá voltei, ver a sua alegria depois dos apoios atribuídos pelo Estado. Por outro lado teve a possibilidade de ir a Alhandra e a Vila Franca e de ver casas inundadas, o que não é uma realidade menos dramática. Os cidadãos ao longo dos anos foram ocupando o território, sobretudo no sul do distrito de Lisboa, de forma a contrariar muitas das indicações que seriam de bom senso. Nós instalamo-nos junto ao Tejo e junto a linhas de água. E cada vez mais, pelas alterações climáticas, vamos ser confrontados com fenómenos meteorológicos extremos. Pretende implementar um sistema de alerta por SMS aos cidadãos. Em Alverca, onde decorre a regularização do Rio Cros-Cós, a situação anda é problemática. Não será mais importante resolver o problema em vez de avisar a população de que vai chover?Muitos municípios têm desenvolvido ao longo dos anos intervenções de qualificação no território, mas temos de continuar atentos porque há fenómenos extremos que nenhuma obra conseguirá impedir. A proximidade de linhas de água torna muitas vezes incontornável que essas situações ocorram quando há conjugação de factores. Estamos em conversações com uma operadora para implementar o sistema distrital de alertas de protecção civil. O objectivo é possibilitar que os cidadãos recebam, através de uma inscrição na página do governo civil, um SMS gratuito no telemóvel com informações sobre previsões, cortes de estradas e questões que possam perturbar a sua vida. Também temos noção de que cada vez é mais difícil prever estas situações. Nem o Instituto de Metereologia consegue prever os fenómenos extremos porque são cada vez mais resultado de alterações climáticas, mas temos que trabalhar a capacidade de prevenção.Quando lhe falam na extinção dos governos civis fica irritado ou responde com serenidade?Depende de quem está a argumentar e do nível de ignorância que tem em relação ao que é um governo civil. Quando vejo, por exemplo, Marques Mendes, que foi ministro e pôde durante anos propor a extinção dos governos civis, defender agora essa medida acho manifestamente uma falta de vergonha por parte de alguém que teve a possibilidade de o fazer e nunca o fez. Acho o mesmo quando vejo outras personalidades, uma espécie de servidores do Estado, a fazer ao mesmo tempo planos de acção para o Oeste com um cenário do aeroporto na Ota e a avançar com outros planos com o aeroporto já em Alcochete, como é o caso de Augusto Mateus.Mas acha negativa a capacidade de adaptação para ajudar os municípios a pensar a estratégia - que tem por base decisões do Governo?O que acho é que não é sério que alguém que está a trabalhar para os municípios num cenário em que se está a defender a construção do aeroporto na Ota depois altere tudo. É como se eu estivesse a trabalhar hoje com a cabeça em 2013. Não faz sentido, é uma atitude de quem esta disponível para tudo. Os governos civis têm uma visão supra municipal que permite ter a percepção clara de que precisamos, desde logo, ter a regionalização e uma entidade com competências, meios e legitimidade eventualmente democrática para dirimir um conjunto de questões. Não pode ser cada município a puxar a brasa à sua sardinha. Neste momento no distrito temos duas entidades que conseguem ter essa visão: o Governo Civil de Lisboa e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. São entidades que conseguem perceber que se calhar construir duas piscinas em municípios contíguos é um erro.Há quem fale em argumentos financeiros para defender que a extinção dos governos civis.O argumento da questão financeira é completamente ridículo. O governo civil tem um orçamento de quatro milhões e meio de euros e recebe apenas do Orçamento de Estado 400 mil euros. Quando o PSD ganhar eleições – o que espero que ainda demore muitos anos – certamente concretizará a extinção dos Governos Civis. Isto se forem consequentes e não disserem uma coisa quando estão no poder e outra quando estão na oposição. E eu serei o último Governador Civil do distrito de Lisboa.E o que irá perder a população?Alguém com poder de intervenção em quatro áreas directas - segurança, segurança rodoviária, protecção civil e defesa da floresta – alguém que tem a capacidade de ser interlocutor junto do Governo central de alguns problemas do território. Alguém próximo, que tem noção das suas aspirações e que ao mesmo tempo consegue dar algumas respostas. Vai perder alguém que está do lado das soluções. O estudante de direito que lavou o motor de um navio da ArgibayNasceu em Vila Franca de Xira, mas cresceu em Alverca. Essa proximidade com uma zona suburbana fê-lo estar mais atento aos problemas sociais?Tem sempre influência. Embora tenha nascido em Vila Franca fui com seis meses de idade para Portimão. Saí de lá com seis anos e fui para Abrantes. Depois regressei a Alverca. Porquê tantas mudanças?Tiveram que ver com o meu pai, que é uma referência em termos de trabalho e de seriedade, e que infelizmente já morreu. Trabalhava numa empresa de construção civil e teve a oportunidade de ir ao Algarve construir um Hotel e depois ir a Abrantes construir o hospital distrital. A família acompanhava-o. Que memórias tem de criança?Lembro-me de andar na rua em Portimão com o meu pai no 25 de Abril e de haver grande agitação. Fomos para perto do posto da GNR onde supostamente estavam pessoas da PIDE presas. São memórias boas desse tempo que era muito estendido. O Algarve também não era aquilo que é actualmente. Tinha uma matriz muito rural. Também fiz bons amigos em Abrantes e em Alverca do Ribatejo. Amigos de rua. Naquela altura as pessoas não se fechavam em casa a jogar Playstation. O Carlos Lopes, por exemplo, é uma referência para mim. É uma pessoa que apesar das limitações de visão tirou um curso de psicologia e afirmou-se. Era meu vizinho de rua e de aventuras. Moravam no Bom Sucesso e brincavam juntos.Havia o espírito de brincadeira de rua e o espírito de aventura. Íamos até à Serra da Agueira por A-dos-Potes. Chegámos mesmo uma vez a organizar uma ida a Madrid de comboio sem termos alojamento. Foram bons tempos. Foi em Alverca que estudou.Sim. Fiz uma opção em termos escolares e decidi que queria ter alemão. Não havia alemão em Alverca e tive que ir fazer o oitavo e o nono ano à Portela de Sacavém. Levantava-me às seis da manhã para apanhar o autocarro porque havia problemas de trânsito. Era sempre o primeiro aluno a chegar à escola. Foi assim dois anos. Depois voltei ao 10º e ao 11º na Gago Coutinho. Aliás estive recentemente na Gago Coutinho onde encontrei uma professora de português da altura, Paula Coelho. O 12º ano já fiz em Chelas. Andei pela Faculdade de Direito e na Universidade Autónoma em Relações Internacionais. E como entrou para a vida política?Curiosamente entrei na vida política através de uma iniciativa muito simples. Em 1989, quando Acácio Barreiros foi candidato à Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, aproximei-me do PS. Fui candidato suplente à Assembleia de Freguesia de Alverca do Ribatejo. Na altura a juventude socialista de Vila Franca estava muito fragilizada e desafiaram-me para fazer o pavilhão no Xira Jovem. Foi um bom trabalho. Nessa altura ia haver congresso nacional da juventude socialista. Houve uma pessoa da direcção nacional que visitou o pavilhão e gostou. Falámos e acabei por ir ao congresso. Tempos mais tarde convidaram-me para ir para o secretariado nacional da juventude socialista. Depois foi o percurso normal. Fui secretário nacional para a organização do partido durante seis anos. Estive na Assembleia da República 14 anos.Nunca chegou a exercer Direito?Não. Na altura era uma área que oferecia a possibilidade de se encontrar trabalho com facilidade. Actualmente não é assim. Há muitos jovens licenciados no desemprego.Considera-se um político profissional?Não me choca a expressão. É aquilo que me esforço por fazer de forma competente com seriedade e trabalho. Pena é que os cidadãos não façam a diferença entre aqueles que tentam fazer as coisas bem feitas e aqueles que manifestamente não as fazem. Tem alguma ligação ao Tejo?Confesso que a minha única ligação ao Tejo não me traz muito boas recordações. É uma memória de Verão, de trabalho. Tinha a tradição – incutida um pouco pelo meu pai e bem – de trabalhar pelo menos um mês no Verão. Houve um ano em que fui trabalhar para os estaleiros da Argibay, em Alverca. Foi provavelmente a experiência de trabalho mais dura que tive. Limpei o motor de um navio. Ao fim do dia saía num estado um bocadinho degradado. E aquele ambiente oleoso era difícil de superar diariamente. Essa experiência fez de si um melhor homem?Tudo o que seja abarcar um conjunto de valores que transmitam a ideia de que nada se obtém sem trabalho é positivo. Em 20 anos de vida política tenho felizmente esse exemplo. Muitos dos cargos que desempenhei surgiram naturalmente pelo trabalho que fui desenvolvendo. Não tive necessidade de fazer aquilo que por vezes acontece na vida política que é tentar superar ou desviar pessoas. Vai querer que os seus filhos trabalhem também no Verão?Sim. Infelizmente eles são a principal vítima da actividade que tenho. Este cargo, como outros, implica muitas ausências. É uma das coisas que mais me custa. Também o meu pai, com a determinação que tinha de desenvolver o trabalho, não tinha tempo para os filhos. É um pêndulo que anda sobre a minha cabeça permanentemente.Está em casa própria em Lisboa?Fiz uma opção que tem que ver com a forma como vejo o desempenho de cargos públicos e a ética republicana de que tanto se falou. Tendo sido nomeado numa altura em que vivia nas Caldas da Rainha podia receber um subsídio mensal de 400 euros para a habitação, mas entendi, por estar a residir numa casa de um familiar da minha mulher, que não devia activar esse valor. Poupo ao erário público mensalmente 400 euros. Vejo a política assim. É para servir e não para me servir da política. Nunca dispensa o motorista? Não. Andar em Lisboa é complicado. Pior do que isso é estacionar. Bom, durante nove anos fiz o percurso diariamente Caldas – Lisboa/ Lisboa – Caldas. Até costumo brincar dizendo que sou praticamente accionista das Auto-estradas do Atlântico. Não dispenso o motorista até porque o motorista também é agente da PSP e uma das componentes do cargo é a segurança.É uma questão que o preocupa?Não. Tanto não me preocupa que é muito fácil entrar no governo civil. Preocupa-me sim haver territórios no distrito problemáticos na questão da segurança. Mais do que me preocupar determina que tenha uma acção em termos do apoio. Provavelmente se não apoiássemos como temos apoiado a PSP e a GNR haveria muitas zonas com problemas em termos do policiamento de proximidade. Se não tivéssemos concretizado em Fevereiro a atribuição de um conjunto de viaturas e motociclos à PSP e GNR provavelmente mais ninguém o teria feito. Ou mesmo que o tivesse feito seria tendo em conta o panorama nacional e não a especificidade de Lisboa.Alverca - a cidade onde a construção não páraComo é que olha hoje para Alverca - a cidade onde cresceu? Alverca é uma referência em termos de respostas sociais. De uma forma geral quer a gestão da freguesia, quer a gestão municipal, têm tentado estar do lado das soluções e não do lado dos problemas porque é uma realidade que o território tem problemas graves de ocupação.Mas apesar disso continua a construir-se.É uma dinâmica normal. Se se constrói é porque vai havendo procura. Não seria altura de dizer “basta, já temos muitos prédios”?Essa é uma questão dramática. Os municípios sustentam grande parte da sua receita na construção. Essa é uma discussão que deveríamos ter mais tarde ou mais cedo. Não só em relação a Vila Franca, mas em termos nacionais. É esse o modelo de financiamento que queremos para as autarquias? Os municípios que sempre sustentaram a sua base de receitas na construção têm a atribuição do primeiro alvará do ano em Junho ou Julho. Tem que haver outra capacidade de gerar receitas para que os municípios continuem a prestar os serviços que prestam. Os municípios são confrontados com a necessidade de gerar receitas.Mas não podem vender-se aos interesses de urbanizadores.Acho que cada vez mais isso não tem acontecido. O nível de escrutínio que existe em termos da gestão autárquica e a própria consciência dos protagonistas tem criado condições para que não seja assim no essencial.O cozinheiro lá de casaAntónio Galamba, 42 anos, é o sucessor de duas mulheres no Governo Civil de Lisboa (o antecessor Jorge Andrew esteve apenas três meses no cargo). O requintado toque feminino respira-se no gabinete do primeiro andar do Chiado de cadeiras forradas e cortinados sumptuosos. António Galamba diz meio a brincar que o seu amplo espaço de trabalho é um autêntico campo de ténis. Há um exemplar antigo d’ “Os Lusíadas” emoldurado que o governador civil ainda não conseguiu abrir, um relógio antigo e lembranças trazidas por tripulações de navios. Há também uma televisão e um computador ligados. António Galamba não dá tréguas às potencialidades oferecidas pelas novas tecnologias e aproveita para gritar aos sete ventos, na rede das redes, que afinal um governador civil trabalha incessantemente sete dias por semana. Chega ao gabinete por volta das 9h00. Há dias em que não sai antes das 22h00. E há dias em que não chega a entrar porque há trabalho de terreno a fazer. O governador, empossado há um ano, é natural de Vila Franca de Xira. Vive actualmente em Lisboa. Dorme num apartamento emprestado por familiares da mulher. E assim poupa ao erário público 400 de subsídio de habitação. É licenciado em Direito, mas nunca exerceu. Foi durante 14 anos deputado à Assembleia da República pelo PS e vereador na oposição da Câmara das Caldas da Rainha depois de ter falhado a presidência.Aos fins-de-semana ruma até às Caldas da Rainha, onde vive a mulher e os dois filhos, um rapaz com nove e uma rapariga com seis anos. Sofre por não vê-los crescer mais de perto. Quando está com os dois aproveita para andar de bicicleta na Foz do Arelho ou jogar à bola. Na sua página de Facebook tem uma máxima que tenta contrariar todos os dias: “Se queres evitar a crítica não digas nada, não faças nada, não sejas nada” [Elbert Hubbard]. À noite, sozinho em Lisboa, aproveita para trabalhar. Depois de preparar o jantar. Cozinhar é um dos seus passatempos preferidos. Bacalhau espiritual é uma das especialidades, mas não fica agarrado à tradição. Gosta de inovar e oferece os préstimos culinários à família como uma forma de compensação. Tem um irmão. A mãe continua a morar no Bom Sucesso, em Alverca, onde o Governador Civil cresceu e regressa para regulares visitas. À cabeceira tem os livros “O Bom Inverno”, de João Tordo, e “Marina”, de Carlos Ruiz Zafó.Gravata: cada vez tem menos tempo para não a usar, mas não tem fobia ao nó. Há outros nós na garganta que o incomodam mais.Os números do Governo CivilO Governo Civil de Lisboa (que engloba 16 concelhos, entre os quais Vila Franca de Xira e Azambuja) recebe do Orçamento de Estado 400 mil euros, mas tem um orçamento próprio de quatro milhões e meio por via das receitas que gere. A estrutura descentralizada com 77 funcionários (a equipa política tem cinco elementos) emite mais de 100 mil passaportes e conta mais de 45 mil atendimentos. Por ano realiza 250 concursos publicitários e autoriza cerca de 500 manifestações. O Governo Civil de Lisboa, que está em quatro locais da cidade, (sede no Chiado, a loja do cidadão Restauradores e Laranjeiras e o edifício da José Estêvão), gere ainda 462 fogos de habitação social na Pontinha.Bombeiros e forças de segurança são prioridades Como se gerem os interesses de 56 corporações de bombeiros quando todas querem dinheiro e equipamentos?Há uma questão que está clara na minha mente que tem que ver com o papel central que os bombeiros voluntários têm no dispositivo de protecção civil. Eles são uma espécie de coração e pulmão ao mesmo tempo. Contudo há que ter a noção de que o país não tem capacidade para replicar em todas as 56 corporações do distrito um conjunto de equipamentos que eventualmente em tese fariam sentido. Temos que ter uma visão no mínimo municipal do conjunto de recursos que existem. Temos que ver a quantos minutos está determinado equipamento para acorrer a uma emergência. Temos que contrariar a nossa natureza lusa da quintinha e trabalhar em partilha. Qual é o apoio concreto aos soldados da paz?Apresentámos já uma candidatura ao QREN que julgamos que vai ser aprovada no valor de sete milhões de euros até 2013 que vai permitir em quatro áreas fundamentais reforçar muito a capacidade do distrito. Por um lado vão ficar equipados com o sistema de comunicações Siresp. As comunicações são absolutamente fundamentais em situações de emergência e tendem a colapsar porque estão todas muito sustentadas na energia eléctrica. Vamos possibilitar a aquisição de equipamentos de protecção individual para combate a incêndios. Vamos também concluir uma rede que começámos a criar no distrito de estações de enchimento de ar respirável e vamos adquirir um veículo com contentores (estação móvel de enchimento de ar respirável, bombagem para cenários de inundações e um contentor para resgate em estruturas colapsadas em caso de sismo). Ao contrário de outras entidades o Governo Civil está a aumentar os apoios.As nossas grandes prioridades em termos de apoios são claramente os bombeiros e as forças de segurança: PSP e GNR. O mesmo acontece em relação à Cruz Vermelha. Vamos continuar a canalizar para estas entidades os apoios porque temos a percepção de que precisam.
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