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PS acusa Moita Flores de usar Santarém como trampolim para outros voos

PS acusa Moita Flores de usar Santarém como trampolim para outros voos

Presidente da câmara responde à letra e classifica comunicado como patético

Em causa declarações do presidente da Câmara de Santarém à comunicação social onde admite concorrer a um município de maiores dimensões nas próximas autárquicas.

A concelhia de Santarém do Partido Socialista “deplora a postura” do presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores (PSD), devido às declarações do autarca a vários órgãos de comunicação social onde “exibe uma entusiasmada e ansiosa disponibilidade para ser candidato aos municípios de Oeiras e Cascais”. “Uma ansiedade”, continua o secretariado concelhio do PS, “que, certamente, decorre de um medo que outros lhe ocupem o lugar de putativo candidato e que se traduziu num anúncio a tão grande distância das próximas eleições”.Em declarações ao jornal “i”, publicadas na edição de 17 de Novembro, Moita Flores, 57 anos, reiterou a sua intenção de não se recandidatar à Câmara de Santarém e admitiu que “ficaria tentado” a candidatar-se noutro município pelo PSD se lhe surgisse “um projecto interessante numa câmara com peso”. E concretizou: “Posso dizer que aceito pegar num grande desafio como Cascais, Oeiras ou Almada”.Tal como O MIRANTE noticiou recentemente, Moita Flores, que é independente eleito pelo PSD, anunciou no seu blogue na Internet que sairá da Câmara de Santarém em 2013, após as Festas da Cidade que se realizam em Março. Ou seja, abandona o cargo alguns meses antes das eleições autárquicas, segundo ele, para dar oportunidade de os outros candidatos se afirmarem. Mas pode ser também para preparar atempadamente uma candidatura a outra câmara.O PS de Santarém não considerou na altura relevante o anúncio da saída de Moita Flores antes do final do mandato, mas as notícias sobre o putativo interesse em concorrer a outro município alteraram o cenário. “Este anúncio de extemporâneas candidaturas a dois concelhos da Área Metropolitana de Lisboa manifesta não apenas uma indisfarçável ambição de protagonismo pessoal mas também, e sobretudo, uma tácita declaração de desinteresse, quer face ao cargo que ocupa, quer face à população do concelho de Santarém”.“Por conseguinte, é claro agora para todos que o Dr. Moita Flores – tal cometa fugaz -, apenas se tenha servido de Santarém como trampolim para outros voos. Só é pena que, entretanto, com esta passagem meteórica e devastadora, o PSD deixe Santarém de rastos com a gestão horrível que têm vindo a protagonizar”, lê-se ainda no comunicado do PS de Santarém.Moita Flores responde à letraConfrontado com o teor do comunicado, que classifica como “patético”, Moita Flores arrasa o PS escalabitano e o seu líder, Pedro Braz. “A minha vida não passa pela política, nem preciso da política para arranjar emprego. Ao contrário do presidente do PS de Santarém, que se não for a política morre de fome”, diz o autarca, reforçando que a sua vida “é ser escritor” e que “os oito anos ao serviço de Santarém não são um trampolim nem uma passagem meteórica”.“A concelhia de Santarém do PS corre o risco de ficar toda no desemprego se cair o Governo”, ataca Moita Flores, dizendo que quanto ao seu futuro a única certeza que tem é que continuará a ser escritor. “Sei lá se vou ser candidato a alguma câmara ou não. A minha vida não é essa e asseguro que não passarei fome se não for candidato”, declara ainda o autarca, acrescentando que os dirigentes do PS não têm capacidade nem talento para ir muito além de um cargo de vogal numa associação recreativa.
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