As reuniões preparatórias do primeiro Congresso Distrital de Santarém começam segunda-feira, 29 de Novembro, e vão prolongar-se até 4 de Dezembro, abrangendo os 21 concelhos do distrito. A intenção é traçar um diagnóstico do distrito e fomentar a reflexão e o debate entre militantes e simpatizantes social-democratas, que definam uma linha de rumo para os próximos anos, bem como preparar as eleições autárquicas de 2013.O presidente da distrital do PSD, Vasco Cunha, referiu esta segunda-feira que a distrital do PSD vai reunir um conjunto de informação estatística sobre a região que resultará num “diagnóstico informativo da situação política, económica, social e cultural”. Esse retrato da região fará parte de um documento final que vai ser apresentado e discutido no congresso, a realizar em Setembro ou Outubro de 2011, e no qual estarão também as propostas dos militantes recolhidas nas reuniões sectoriais e concelhias a realizar durante as próximas semanas. “Este documento será a nossa plataforma política, o caderno de encargos do PSD para o distrito de Santarém durante os próximos anos”, frisou Vasco Cunha numa conferência de imprensa onde marcaram presença vários dirigentes distritais do PSD, da JSD e dos TSD. O líder da distrital social-democrata sublinhou ainda que a discussão será feita com a prata da casa e com quem conhece o terreno. “O PSD quer reflectir sobre o distrito mas com as pessoas de cá, com quem conhece as necessidades da região”. Segundo Vasco Cunha, o documento que irá a congresso vai abordar quatro grandes áreas: o Estado e a sua organização regional no distrito de Santarém, incluindo uma reflexão sobre o papel do Governo Civil e das comunidades intermunicipais; a área social com uma divisão em temas como saúde, educação e segurança social; e por último um capítulo designado “Novos Desafios” em que serão abordadas “indústrias criativas, a reforma das cidades e dos centros históricos”, entre outros aspectos. Miguel Relvas, presidente da assembleia distrital e secretário-geral do PSD, salientou o carácter inédito deste congresso no contexto nacional do partido e afirmou que “é uma demonstração de que o partido está bem vivo no distrito e quer recuperar do mau resultado das últimos eleições”. Questionado pelos jornalistas, o secretário-geral do PSD recusou assumir que este congresso surge apenas com o objectivo de preparar eventuais eleições legislativas. Mas admitiu que pode servir para começar a preparar as próximas autárquicas, umas “eleições difíceis” em que muitos presidentes de vários partidos já não se podem recandidatar. “É importante que esta dinâmica permita aparecer novas figuras e que outras pessoas se associem ao PSD”, referiu Miguel Relvas, acrescentando que o partido deve estar aberto à sociedade civil e que iniciativas como o congresso podem servir “para trazer uma lufada de ar fresco ao PSD distrital”.