Nem a chuva impediu que cerca de 230 alunos de algumas das escolas primárias do concelho de Ourém participassem no projecto Plantar Portugal, que deixou no Agroal mais 60 exemplares de azinheiras, carvalhos e medronheiros. Entre segunda e terça-feira, os mais novos puderam aprender como se planta uma árvore. Se uns não quiseram sujar as mãos, outros houve que não se inibiram de imitar os mais velhos.A iniciativa partiu da empresa municipal AmbiOurém, que se ocupa da gestão do Centro de Interpretação Ambiental do Agroal. O projecto Plantar Portugal surge na sequência do Limpar Portugal, aqui mais vocacionado para a floresta. A ideia foi comunicada aos agrupamentos escolares e participaram as escolas que se mostraram interessadas. “Cada vez mais as crianças interessam-se por estes temas”, comentou a professora Sílvia Abreu, da Escola Básica de Rio de Couros. A visita, na terça-feira de manhã, foi preparada na escola, onde já se tem discutido, sobretudo com os alunos do 3º ano, questões como a da poluição. Para quarta-feira, esta escola tinha ainda agendada outra actividade, sobre a floresta autóctone.O empenho na discussão dos temas ambientais é partilhado pela professora Maria Arménia Silva, da Escola Básica do Bairro, freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias. “No Bairro trabalhamos muito estas questões do ambiente e os alunos estão muito habituados a estes temas”. O passeio, para além do momento em que, em grupos de cinco, se aprendia a plantar uma árvore, englobava ainda o visionamento de um filme, jogos e uma visita até à praia fluvial, onde lhes foi explicado o ciclo da água e a flora e fauna locais. Segundo José Fernandes, do gabinete do vereador José Alho, responsável pelo pelouro do ambiente, a escolha do Agroal deveu-se à certeza da continuação do cuidado com as árvores plantadas nestes dois dias. “Pretendeu-se uma acção consequente. Por outro lado, o espaço precisava de mais arbustos. Tudo isto se conjugou”. O objectivo é que a iniciativa se torne a repetir no próximo ano. Cláudia Gameiro