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Inês Louro

37 anos, advogada, Azambuja

“Sou muito organizada e gosto muito pouco que me quebrem a organização. Se há alguma coisa que tem que seguir amanhã hoje tem que ficar pronta. Caso contrário fico mal disposta. Sou muito disciplinada nos horários, nas condutas e na organização semanal. Se me alteram a minha planificação fico mesmo com birra”.

Por que é que as pessoas têm uma má ideia do funcionamento dos tribunais e da morosidade dos processos?As pessoas têm tendência para ter má ideia de tudo o que não conhecem. Os processos hoje em dia não são de maneira nenhuma tão morosos como eram há uns anos. A informática veio dar uma grande ajuda. A rapidez não é tudo o que significa dignificar a justiça. E esta pressão sobre os juízes não é positiva. Concorda com as quotas para aumentar a participação das mulheres na política?Percebo que essa lei exista, mas não concordo com o fundamento. As mulheres devem estar nos sítios por reconhecimento. Consigo perceber que na nossa mentalidade, se não fosse este empurrãozinho, não conseguiríamos dar um passo em frente. Sou presidente da Assembleia de Freguesia de Azambuja e em termos de mulheres estamos bem representadas.As tarefas domésticas lá em casa ficam por sua conta?Neste momento sou eu que faço tudo. Tinha uma pessoa a ajudar-me que entretanto foi para Lisboa. O meu marido está muito tempo com os filhos e é um óptimo inventor de histórias. Está mais vocacionado para os momentos de entretenimento. Eu quando chego a casa é que não sei se gosto muito daquilo que encontro (risos).Consegue ter tempo para si?Desafiaram-me para participar num torneio de ténis de mesa, que já tinha praticado, e passei a ter tempo um tempinho à sexta-feira à noite para treinar. Às vezes levo os miúdos. Estou a jogar e às voltas com a cabeça para ver se os vejo. Quando tenho tempo o que gosto mesmo é de estar sossegada a ler.Que livros tem à cabeceira?Desde histórias infantis até aos livros que aprecio e que têm normalmente crimes à mistura. Os meus livros de juventude eram de Agatha Christie, que ainda hoje leio com entusiasmo. Li recentemente “O Símbolo Perdido”, de Dan Brown e “Pânico” e “Medo” de Jeff Abbott.E se pudesse convidar uma pessoa que admira para tomar um café?A pessoa da minha área que mais admiro pelo trabalho desenvolvido conheço-o porque foi meu professor, José António Barreiros, que foi advogado de Vale e Azevedo. Não conheço pessoa tão fascinante. Ou então acho-o fascinante exactamente porque o conheço. Gostava de conhecer melhor José Sócrates. Tenho-o como uma pessoa inteligente, competente e com uma personalidade forte. É organizada no seu trabalho?Sou muito organizada e gosto muito pouco que me quebrem a organização. Se há alguma coisa que tem que seguir amanhã hoje tem que ficar pronta. Caso contrário fico mal disposta. Sou muito disciplinada nos horários, nas condutas e na organização semanal. Se me alteram a minha planificação fico mesmo com birra.

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