Falta espaço em Pontével para guardar espólio da carreira desportiva do ciclista Marco Chagas
Acervo foi doado há cerca de três anos pelo antigo atleta internacional
Ex-ciclista, natural da vila do concelho do Cartaxo, espera que uma solução não demore muito mais tempo e possa tirar de caixas os muitos troféus, prémios e camisolas arrecadados em 18 anos de carreira profissional. Junta de Freguesia espera que espólio doado possa ser exposto em sala de escola ou jardim-de-infância que fiquem livres.
O espólio da carreira desportiva do ex-campeão de ciclismo Marco Chagas continua por expor em local digno da freguesia de Pontével. Há cerca de três anos Marco Chagas, natural daquela freguesia do concelho do Cartaxo, decidiu doar o espólio da sua carreira à terra, ficando em nome da junta. Desde então que não se tem conseguido encontrar um lugar para colocar as taças, troféus, camisolas e outros objectos que Marco Chagas tem guardados em casa nas melhores condições possíveis. O antigo ciclista e agora comentador da modalidade compreende que a época actual não se preste a dar prioridade a esse tipo de investimentos mas espera que os responsáveis da freguesia e do concelho não se esqueçam do assunto por muito mais tempo. “Até à data não sei de nada nem nunca ninguém da Câmara do Cartaxo falou comigo. Eu doei o espólio à Junta de Pontével que não tem conseguido encontrar um espaço ideal na freguesia. Afirmou-me recentemente o presidente da junta que com a construção no novo centro escolar irão ficar vagas algumas salas e aí haverá possibilidades. Mas a única pessoa que me contactou a propôr um espaço em concreto foi o presidente da assembleia-geral do Ateneu Artístico Cartaxense, Dr. António Gaspar, para um espaço na sua sede”, referiu Marco Chagas a O MIRANTE. Marco Chagas reitera que é na sua terra, onde nasceram os pais e a sua filha, que quer deixar o espólio de 18 anos de vida profissional para que os de lá e de fora possam apreciar. Garante que a sua filha, sua herdeira, concorda com a ideia e que só falta retirar tudo o que está empacotado, mas cuidado, em casa. “Em último caso existe o Museu do Ciclismo, nas Caldas da Rainha, mas não era solução que pretendia optar”, acrescenta o ex-campeão.Por parte da junta de freguesia, José António Sobreira diz que a situação mais provável é a disponibilização de salas de escolas de I ciclo ou do jardim-de-infância quando estiver concluído o centro escolar de Pontével, cuja construção deve arrancar este ano. “Nesse caso será analisada uma solução que terá de ser em conjunto com a Câmara do Cartaxo. Penso que num ano ou pouco mais teremos uma solução para poder dar resposta ao anseio do Marco Chagas e de Pontével”, refere José António Sobreira, acrescentando que a hipótese de recuperar a antiga sede da filarmónica não se coloca devido à grande degradação do edifício.Na reunião de câmara do Cartaxo de dia 28, o vereador da CDU, Mário Júlio Reis, colocou a questão ao executivo sobre o destino a dar ao espólio da carreira de Marco Chagas. O presidente da autarquia Paulo Caldas afirmou que a câmara está disponível para ajudar a encontrar uma solução junto ao museu rural. O vereador Pedro Gil acrescentou que em tempos o responsável do grupo de ciclismo José Maria Nicolau se mostrou disponível para cuidar desse projecto mas o autarca lembra que um espaço dedicado ao ciclismo teria de contar com outros nomes que deram destaque ao Cartaxo na modalidade como José Maria Nicolau, Francisco Valada ou Alfredo Trindade.
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