“Transformar o Futebol Clube de Alverca numa SAD foi um erro muito grave”
Fernando Orge é o candidato da única lista à presidência do clube alverquense
Os momentos de glória vividos na corrida da primeira liga não apagam os erros de gestão de Luis Filipe Vieira, antigo presidente do Futebol Clube de Alverca. A opinião é do único candidato à presidência do clube, Fernando Orge. O dirigente condena a criação da SAD e o desamparo a que o clube foi remetido após a saída de Vieira para o Benfica. Aproximar o Alverca da cidade é agora o objectivo da nova direcção.
O cabeça de lista às próximas eleições do Futebol Clube de Alverca, Fernando Orge, considera que a criação de uma Sociedade Anónima e Desportiva (SAD) foi “um erro muito grave”, representando uma factura que o clube ainda hoje continua a pagar.Os sócios do FCA vão a votos no dia 22 de Janeiro para eleger os novos corpos sociais para os próximos quatro anos e apenas a lista encabeçada por Fernando Orge está na corrida. Aos 47 anos o empresário de Alverca quer aproximar o clube da população, mas não se esquece do passado e das dificuldades financeiras que vai encontrar pela frente. Uma herança pesada a pagar pela aventura da primeira liga.“O FCA atingiu um patamar que ninguém naquela altura pensaria, conseguiu chegar à primeira divisão, fruto de um bom trabalho empresarial que foi ali feito. A única coisa que foi mau neste processo foi o Luís Filipe Vieira não ter conseguido dotar o clube com algumas receitas próprias para se conseguir manter depois da descida da primeira divisão e da segunda liga”, critica. Para o futuro presidente do clube a criação da SAD foi um erro. “Criaram a SAD e depois abandonaram-na, deixando o Alverca a cair a pique e sempre desamparado até ao fundo. Um clube com um pergaminho muito grande na região acaba por se ver envolvido numa situação polémica e complicada. Isso foi o mais grave”, acrescenta.Garantindo que serão uma direcção de portas sempre abertas à comunidade e aos sócios, Fernando Orge garante que a principal prioridade da sua lista é aproximar o clube da população. “Queremos proporcionar às pessoas de Alverca outras secções, outras modalidades e dar-lhes mais condições. Acho que houve um grande divórcio entre o clube e a cidade. Nas últimas direcções não se tem conseguido essa aproximação. Apesar de ter havido um ligeiro aumento de sócios ainda não é o ideal. Há muita gente dentro da cidade que não sabe o que é o Futebol Clube de Alverca e o que este tem para oferecer à população. Temos natação, ginástica, tiro ao arco, hóquei, patinagem e muitas outras. Muita gente nem sabe que isso existe e acabam por se afastar e ir para outros clubes”, refere. A lista é composta quase na totalidade por pessoas da cidade. “Toda a gente desta lista tem uma relação com o Alverca. Ou jogou, trabalhou ou acompanhou sempre o clube. Acho que somos pessoas válidas, com os pés bem assentes na terra, que vão levar o clube a bom porto”, garante a O MIRANTE. Assegurar a estabilidade financeira ao clube, continuar a apostar na formação do futebol e avançar com o centro de formação são outros dos objectivos da nova direcção, que realiza no próximo dia 8 de Janeiro às 17h30 na sala de sócios do clube uma sessão pública de esclarecimento sobre os objectivos da sua candidatura.“Nenhum clube está estável a nível financeiro. Já tivemos uma reunião com a actual direcção, que nos garantiu que as despesas correntes estão acauteladas. Existe um ou outro problema mais grave em termos financeiros que já vêm de trás mas nada que não se consiga resolver”, confessa. Fernando Orge garante que a candidatura “não é contra ninguém” mas avisa que a sua direcção tem ideias diferentes e ambiciosas para o clube. “Não vamos entrar em guerras com ninguém, respeitamos todas as pessoas que neste momento estão dentro da estrutura do Alverca”, conclui.
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