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Em tempo de crise nem os saldos animam os negócios

Em tempo de crise nem os saldos animam os negócios

Época de saldos começou no dia 28 de Dezembro e prolonga-se por dois meses
A época de saldos começou no dia 28 de Dezembro e termina a 28 de Fevereiro. Apesar de ser esta a altura oficial dos descontos, muitos comerciantes sentem a necessidade de começar cada vez mais cedo a fazer promoções dos seus produtos, ainda antes da época de Natal, quando ocorre um pico de consumo.Ana Agostinho, gerente da loja de moda feminina Style, em Rio Maior, é um desses casos. Começou a fazer promoções de 20 por cento antes do Natal e viu o dia da consoada ser o de maior lucro. “Este ano comecei a sentir que as pessoas vinham mesmo à procura das promoções e preferiam deixar as compras para mais tarde para aproveitar os saldos. Como tal achei que mais valia corresponder à procura e fiz bem”, explica. A lojista optou, no entanto, por começar os saldos apenas a seguir à passagem de ano, pela mesma razão que Amélia Silva, proprietária da loja Dom Collant, também em Rio Maior. “Começo os saldos só no dia 4 de Janeiro, para evitar que venham comprar uma coisa e depois esperem pelos saldos para trocar por duas. Eu não vou nisso”, confessa a gerente da loja de roupa interior.Cristina Fabião, do Cartaxo, que costuma aproveitar a época de saldos para renovar o guarda-roupa, confessa que nesta temporada de descontos já trocou um vestido de uma conhecida marca de roupa, por duas peças. “Ofereceram-me o vestido, mas quando fui trocar não havia o número e aproveitei para trazer antes duas coisas”. Considera que os saldos começam cada vez mais cedo e apesar de benéfico para os consumidores, acredita que estes dois meses de baixos preços serão pouco vantajosos para os comerciantes, em especial no comércio tradicional. Amélia Silva, confirma a opinião. “Esta altura é muito boa para esgotar stocks, é só por dizer que as coisas não ficam cá de um ano para o outro, porque os preços são tão reduzidos que quase não há lucro”, lamenta.Teresa Pires, da loja de roupa interior Marias e Manéis, no centro de Santarém, considera que os saldos não servem para compensar um ano de negócio menos rentável, mas suprimem, pelo menos, a necessidade de escoar stocks para conseguir capital para arcar com as despesas. “É um lucro tardio, mas mais vale tarde que nunca”, acredita.
Em tempo de crise nem os saldos animam os negócios

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