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Câmara de Almeirim quer alteração de estatutos da Águas do Ribatejo para evitar entrada de privados

Para que não exista a tentação de abrir o capital social da Águas do Ribatejo, o executivo da Câmara de Almeirim aprovou uma recomendação para que a empresa intermunicipal proceda à alteração dos seus estatutos. A proposta, apresentada pelo vice-presidente do município, Pedro Ribeiro (PS), foi aprovada pela maioria socialista e pelo vereador da CDU, com a abstenção do vereador independente. Para ter efeito prático terá que ser aprovada pelos sete municípios que constituem a empresa de gestão de águas e saneamento.No entender de Pedro Ribeiro, desta forma a Águas do Ribatejo, cujo conselho de administração é presidido pelo presidente da Câmara de Almeirim, Sousa Gomes (PS), fica garantido que a empresa continuará a ser totalmente pública. Neste momento os estatutos referem que o capital social tem que ser detido maioritariamente pelos municípios e a intenção é que passe a estar escrito que o capital será totalmente detido por câmaras municipais. “Como há outras empresas da área que admitem a entrada de empresas privadas no capital social e outras que têm já parceiros privados e como um dia a Águas de Portugal será privatizada, um recurso importante ficará na mão de privados, o que não me deixa descansado. Ficarei descansado assim com a clarificação dos estatutos da Águas do Ribatejo”, realçou Pedro Ribeiro na última reunião do executivo, na segunda-feira, 3 de Janeiro. Se os municípios accionistas da empresa (Almeirim, Alpiarça, Salvaterra de Magos, Benavente, Coruche, Chamusca e Torres Novas) aceitarem mudar os estatutos, isso não significa que fiquem impedidos de mais tarde voltarem atrás. O vereador da CDU, Aranha Figueiredo, aplaudiu a ideia. Mas o vereador do Movimento Independente MICA, Francisco Maurício, lembrou que chegou a haver um concurso e escolhido um privado para a Águas do Ribatejo e que o processo só falhou porque saíram do sistema os municípios de Santarém e do Cartaxo. Classificou a proposta como um fait-divers de natureza sobretudo política. “Os fundos comunitários vão acabar e vão ter que ser encontradas opções financeiras para fazer face à necessidade de investimentos. Não vejo inconveniente se a empresa recorrer a capitais privados desde que os públicos sejam maioritários”, justificou.

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