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Golegã aprova empréstimo da Resitejo com muita discussão pelo meio

Golegã aprova empréstimo da Resitejo com muita discussão pelo meio

Oposição critica gestão da câmara municipal e da associação na área da gestão dos resíduos sólidos urbanos

Câmara da Golegã tem uma dívida acumulada de 270 mil euros e tem inscrito no orçamento para 2011 uma receita da taxa do lixo de 110 mil euros, o que indica que deve mais de dois anos de deposição de lixo em aterro.

Os eleitos pelo Partido Socialista na Assembleia Municipal da Golegã deram parecer positivo ao empréstimo de 500 mil euros a contrair pela Resitejo - Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo para fazer face a dificuldades de tesouraria decorrentes de dívidas acumuladas por alguns municípios associados e outros clientes. A oposição votou contra e criticou a gestão da empresa e também da Câmara da Golegã em relação ao pagamento da deposição do lixo no aterro gerido pela Resitejo.Os elementos da oposição, PSD, GIGA e CDS, não aceitam que a empresa tenha deixado a dívida dos municípios e de outros clientes chegar aos cinco milhões de euros sem fazer nada para o evitar. E garantem que o cidadão comum não compreende, por mais explicações que lhes sejam dadas, que as câmaras usem o dinheiro que recebem da taxa do lixo para outros fins que não seja o pagamento atempado das suas contas.A Câmara da Golegã tem uma dívida acumulada de 270 mil euros e tem inscrito no orçamento para 2011 uma receita da taxa do lixo de 110 mil euros, o que indica que deve mais de dois anos de deposição de lixo em aterro. Por isso o eleito do GIGA – Grupo Independente de Golegã e Azinhaga, Lúcio Oliveira, questionou: “Qual é o custo deste empréstimo para os cidadãos do concelho da Golegã?”.O eleito do GIGA foi mais longe e apontou o dedo à gestão deste sector na Câmara da Golegã. “Como é que se chegou a este ponto, quando sabemos que todos pagamos mensalmente uma verba para o pagamento deste serviço”.O vice-presidente da câmara, Rui Medina (PS), respondeu ao eleito garantindo que a autarquia vai cumprir com os seus compromissos e que actualmente o dinheiro recebido dos munícipes chega para cobrir a despesa. “Mas a dívida já vem de trás, da altura em que não se pagava taxa”, esclareceu.Rui Medina explicou ainda que, nesse mesmo dia 28 de Dezembro, foi aprovado, numa assembleia-geral da Resitejo, por unanimidade de todas as câmaras associadas, “fazer o pagamento atempado do lixo depositado e cada um dos municípios elaborar um plano de pagamento da dívida até ao final de 2011”.O PSD disse, em declaração de voto, não concordar com a contracção deste empréstimo, porque é uma situação recorrente de que os municípios são culpados. Recordou que a Câmara da Golegã já em 2008 viu recusado pelo Tribunal de Contas um empréstimo de 262 mil euros, que pretendia usar para pagar a dívida à Resitejo. “Dívida que afinal se agravou”.O sistema de resíduos da Resitejo entrou em funcionamento em Maio de 1999 e serve uma população de 216.513 habitantes. É constituído por um aterro sanitário e uma central de triagem, situados na Carregueira (Chamusca). Os municípios que constituem a empresa são: Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha. Ao todo devem cerca de 4 milhões de euros, sendo as maiores devedoras as câmaras de Santarém (1,8 milhões de euros) e Torres Novas (700 mil euros).
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