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Orçamento de contenção em Rio Maior criticado pela falta de ambição

Orçamento de contenção em Rio Maior criticado pela falta de ambição

Presidente da câmara diz que os tempos são de corte na despesa e de aproveitamento dos fundos comunitários

O orçamento de 30,8 milhões de euros decresceu cerca de 1,4 milhões relativamente ao de 2010.

A Assembleia Municipal de Rio Maior aprovou por larga maioria no dia 28 de Dezembro o orçamento e o plano de actividades do município para 2011, com críticas da oposição à “falta de ambição” por parte do executivo de maioria PSD/CDS. O orçamento de 30,8 milhões de euros decresceu cerca de 1,4 milhões relativamente ao de 2010, reflectindo a quebra de receitas prevista e o esforço de contenção que está a ser feito, segundo disse a presidente da câmara Isaura Morais (PSD).Em 2011 a Câmara de Rio Maior vai receber menos 600 mil euros de transferências financeiras do Orçamento de Estado, “o que obriga a reduzir a despesa corrente ao essencial e ao aproveitamento ao máximo dos fundos comunitários disponíveis” para investimento, explanou a autarca na introdução a esse ponto da ordem de trabalhos. A autarca enumerou alguns dos principais investimentos previstos para 2011, como a Loja do Cidadão, os novos centros escolares, a execução dos planos de pormenor das salinas e da zona antiga da cidade e o apoio em um milhão de euros à construção das novas instalações da Escola Superior de Desporto.Isaura Morais referiu que a contenção vai implicar o sacrifício de todos, pelo que a câmara vai reduzir o apoio a diversas entidades, mas sem sacrificar o sector do apoio social. As transferências para as juntas de freguesia mantêm-se no mesmo valor de 2010, o que recolheu elogios de alguns autarcas e a votação favorável da maioria dos presidentes de junta.Não foi o caso da representante da Junta de Freguesia da Vila da Marmeleira, Ana Rita Camará, que acabou por se abster na votação depois de ouvir o vice-presidente da câmara, Carlos Frazão, dizer que não foi possível contemplar em orçamento a verba necessária, entre os 300 mil e os 400 mil euros, para remodelar o sistema de abastecimento de água naquela freguesia.Grande parte da bancada do PS também se absteve, com António Moreira a acusar o executivo de ter um orçamento “de navegação à vista”, que não espelha “uma estratégia e um modelo de desenvolvimento para o concelho”. “Esperávamos arrojo e que houvesse visão de futuro. E o que vemos é uma gestão comezinha de mercearia que os munícipes não merecem”, reforçou o socialista.A independente Júlia Figueiredo disse ser este um orçamento de conformação, reclamando mais imaginação e ambição. Também Augusto Figueiredo (CDU) acentuou que “nas alturas de crise pede-se sempre um golpe de asa”, acrescentando que este orçamento só tem um, “que é a opção inteligente de centrar nas freguesias alguns dos aspectos mais importantes”. Carla Rodrigues, do Bloco de Esquerda, foi a única eleita a votar contra o orçamento, criticando o aumento das verbas para publicidade e o facto de o montante previsto para a acção social ser apenas metade do valor que a câmara estima transferir para a empresa municipal Desmor em 2011.
Orçamento de contenção em Rio Maior criticado pela falta de ambição

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