uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Poesia, fandango e fado na apresentação do novo livro de Sebastião Mateus Arenque

Poesia, fandango e fado na apresentação do novo livro de Sebastião Mateus Arenque

“Confessório à moda antiga” foi lançado em Azambuja no dia em que o autor comemorou 88 anos
Poesia, fandango e fado animaram a sessão de lançamento do novo livro do poeta popular Sebastião Mateus Arenque. “Confessório à moda antiga: memórias de outros tempos” foi lançado na tarde de 7 de Janeiro, quinta-feira, no dia em que o autor comemorou 88 anos. Familiares e amigos também se deslocaram ao Museu Municipal de Azambuja para comemorar assim mais um aniversário de “mestre Sebastião”.O antropólogo Aurélio Lopes, bem como Joaquim Ramos, presidente da Câmara Muncipal de Azambuja, que editou a obra, teceram elogios ao percurso do poeta. João Moreira, outro nome grande da cultura popular do concelho de Azambuja, também com 88 anos, fez questão de partilhar as suas memórias, confessando a todos a amizade que os une há várias décadas. Sebastião Mateus Arenque agradeceu, com a humildade de sempre, todos os que o têm ajudado a concretizar o sonho de editar as suas memórias e as suas pesquisas etnográficas.Nas 130 páginas da obra “Confessório à moda antiga” Sebastião Mateus Arenque perpetua no papel mais um conjunto de costumes e tradições “de outros tempos”, apresentando – além de pesquisas – uma mão cheia de histórias em que teve o cuidado de, na escrita, preservar a oralidade das épocas retratadas. Trata-se do décimo quinto trabalho literário de um percurso iniciado em 1980 com “Subsídios para o Cancioneiro Popular de Azambuja”. Antes dos livros já tinha começado toda uma vida dedicada à cultura em geral e ao folclore em particular, com destaque para muitos anos dedicados ao Rancho “Ceifeiras e Campinos” de Azambuja e, mais recentemente, para a fundação do Grupo Tradicional “Os Casaleiros” (Casais dos Britos) em 1994. O empenho e qualidade do trabalho ultrapassaram as fronteiras do concelho e levaram-no a organismos regionais e nacionais de folclore. Mestre Sebastião define-se como um homem simples. “Tudo começou na terra pisada, na terra lavrada, na terra semeada,… enfim, tudo começou na terra!”, escreve. A vida, que não foi fácil, só permitiu que concluisse o quarto ano de escolaridade aos 27 anos. É, por tudo o que tem feito e escrito, um grande nome não só de Azambuja mas da cultura ribatejana. A dedicação do autor à etnografia ao longo de várias décadas granjeou-lhe entre a população o título de “mestre”. A autarquia associou-se a esse reconhecimento e atribuiu o seu nome ao museu municipal, inaugurado em Outubro de 2004. Sebastião Mateus Arenque também já foi agraciado com a mais elevada distinção municipal, a Medalha de Honra do Município de Azambuja.
Poesia, fandango e fado na apresentação do novo livro de Sebastião Mateus Arenque

Mais Notícias

    A carregar...