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Miguel Relvas diz que oposição “não tem categoria para ser alternativa” ao PSD em Tomar

Miguel Relvas diz que oposição “não tem categoria para ser alternativa” ao PSD em Tomar

Presidente da assembleia municipal e secretário-geral do PSD critica postura dos socialistas

“Fiquei incrédulo quando me disseram que o orçamento tinha passado com a abstenção dos socialistas”, disse o presidente da Assembleia Municipal de Tomar.

Miguel Relvas, presidente da Assembleia Municipal de Tomar desde 1997, disse no sábado, 8 de Janeiro, que a oposição “não tem categoria para ser alternativa” ao PSD em Tomar. Relvas foi o primeiro convidado de uma nova rubrica da Rádio Hertz de Tomar intitulada “À mesa do café”, uma conversa conduzida pelo professor António Rebelo desenrolada no café “Pepe” na Praça da República. Questionado se a coligação PSD-PS, que gere há um ano os destinos da autarquia e de que foi um dos mentores, se manteria até 2013, Miguel Relvas afirmou que essa resposta devia ser dada pelo presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa. Mas Miguel Relvas não se furtou e foi bastante crítico em relação à abstenção dos socialistas no que concerne ao orçamento municipal para 2011 numa assembleia municipal à qual faltou por se encontrar ausente do país. “Fiquei incrédulo quando me disseram que o orçamento tinha passado com a abstenção dos socialistas”, considerou, acrescentando que “os tempos não estão para quem não se quer comprometer”. Instigado por O MIRANTE a comentar estas declarações, o presidente da concelhia socialista, Hugo Cristóvão, optou pela ironia: “Dizer que quem se abstém na votação de um orçamento não tem categoria é muito estranho vindo do secretário-geral do partido que ainda há um mês fez o mesmo na Assembleia da República” com o Orçamento de Estado. Para Hugo Cristóvão, “o PS tem sido mais do que tolerante com a forma displicente e mesmo de má-fé com que o PSD tem tratado quem convidou para consigo trabalhar” e que “o mínimo que se espera do partido que, mesmo que em minoria ganhou as eleições, é coragem, responsabilidade e clareza naquilo que pretende. Num discurso frontal, no qual assumiu “falar com o coração”, Miguel Relvas disse mesmo que não compreende “qual a diferença entre o PSD, o PS e os IpT”, considerando que “Tomar precisa de ter mais ambição no plano político e associativo. “Não há novos valores. São sempre os mesmos”, considerou, perante uma plateia onde se encontrava José Delgado, actual líder da concelhia social-democrata, Luís Vicente (seu antecessor), os vereadores sociais-democratas Carlos Carrão e Rosário Simões e também António Paiva, ex-presidente da Câmara Municipal de Tomar. A falta de estratégia que considera prevalecer em todos os partidos da oposição levou-o mesmo a afirmar que esta não é uma alternativa ao poder autárquico. “Convoquei uma assembleia extraordinária para discutir o desenvolvimento de Tomar e o que ouvi foram discursos balofos. Não ouvi uma única estratégia. Estive para intervir, mas depois lembrei-me que não tenho funções executivas”, criticou o presidente da assembleia municipal garantindo que não volta a candidatar-se ao lugar. “Não quero ser político em exclusividade. Estou disponível para ajudar Tomar; não para as pequenas tricas”, afirmou. Recorrendo a metáforas, Relvas disse que em Tomar “já há hardware mas faltam os conteúdos”, considerando que os tempos mudaram muito nos últimos anos e que existem projectos em curso nas áreas do turismo e da cultura que deviam ser reavaliados como é o caso do projecto do Museu da Levada que, no entanto, vai ter início este ano.“Tomar tem que virar a página”Questionado sobre o que sucederia se o presidente da Câmara de Tomar, Corvêlo de Sousa, renunciasse ao cargo antes do final do mandato, hipótese que foi levantada na assembleia municipal pelo deputado independente António Cruz e que corre nos mentideros políticos, Miguel Relvas foi pragmático: “Sinto que o vice-presidente Carlos Carrão está preparado para esse desafio”. O presidente da assembleia municipal confessou o seu desejo pela mudança. “O que sinto é que Tomar tem que virar a página, tal como o país vai mudar a página. O que é fundamental é ter ambição e que o próximo presidente da câmara tenha um sonho”, atestou. Miguel Relvas disse ainda que “quer acabar os seus dias em Tomar” e por isso ambiciona, e vai colaborar como puder, para que volte a ser uma cidade atractiva e com discussões apaixonadas.
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