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Ensino de carrilhão não avança por falta de dinheiro para construir instrumento musical

Fundação CICO está instalada em Constância e precisa de apoios para avançar com projecto

Construção do carrilhão itinerante Lusitanus, composto por 63 sinos, representa um investimento de 300 mil euros.

A escola de ensino do carrilhão que previa iniciar as suas aulas em Setembro passado, em Constância, ainda não se encontra a funcionar em pleno porque não existe dinheiro suficiente para a construção do carrilhão itinerante «Lusitanus», composto por 63 sinos e com investimento orçado em 300 mil euros. Actualmente a construção do «Lusitanus», que estava a ser fabricado em Asten (Holanda), está parada uma vez que não existe dinheiro para a sua conclusão.A Fundação CICO – Centro Internacional do Carrilhão e do Órgão, responsável por este projecto, avançou apenas com a escola de órgão, piano, flauta e guitarra que tem dois alunos e funciona num espaço da Junta de Freguesia de Constância. “Estamos a funcionar a meio gás, precisamos de divulgar a escola e dar a conhecer o nosso projecto”, explica Alberto Elias, um dos responsáveis da Fundação CICO.Alberto Elias explica a O MIRANTE que quem quiser pode “patrocinar” apenas uma peça do carrilhão. “Por exemplo, uma pessoa pode dar dinheiro para comprar um sino, ou parte de um sino. Quem quiser pode escrever o seu nome ou logótipo da empresa deixando a marca da sua oferta no carrilhão”.A ideia dos mentores do projecto, Alberto Elias, engenheiro e presidente da CICO, e as suas duas filhas, Ana Elias e Sara Elias, com mestrados em carrilhão agregados ao ensino, é “abrir em Portugal o acesso à aprendizagem” daquele instrumento musical, criando “a primeira escola oficial de ensino do carrilhão na Península Ibérica”. “No mundo existem apenas quatro escolas de carrilhão e Portugal tem condições climatéricas muito favoráveis para ficar polvilhado de carrilhões, fixos e itinerantes, com uma escola de nível secundário e com intercâmbios e mestrados, ao nível do ensino superior”, diz Ana Elias, 35 anos.Quando estiver concluído, o «Lusitanus» vai pesar 12 toneladas e medir seis metros de comprimento por três de altura, sendo o 15º carrilhão itinerante existente a nível mundial. A ideia começou a ganhar forma após o trio apresentar a ideia ao Prémio Milénio, em 2004, um concurso de projectos inovadores promovido pelo jornal Expresso em parceria com a Sagres, e ter obtido o primeiro lugar e o prémio monetário correspondente para apoio à sua concretização, no valor de 50 mil euros. Apesar do prémio conquistado ainda faltam muitos apoios para conseguir pôr o «Lusitanus» a andar pelo país em concertos.

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