O executivo municipal de Tomar, reunido extraordinariamente no dia 10 de Janeiro, ficou a conhecer com maior detalhe os vários aspectos do empreendimento de luxo que está projectado para a zona que integra o Plano de Pormenor dos Pegões e que, neste momento, aguarda vários pareceres, entre os quais o da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR- LVT). Depois terá ainda que ser submetido a inquérito público e à discussão e votação em assembleia municipal.Perante alguma assistência, onde se destacava a presença de alguns presidentes de junta de freguesia e membros da Assembleia Municipal de Tomar, ficou a saber-se que os investidores pretendem vir a construir um hotel com 240 camas, 10 núcleos habitacionais com 1140 camas, um campo de golfe com 18 buracos e um parque natural com três lagos. O plano foi elaborado ao abrigo do regime de excepção do Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) para a região do Oeste e Vale do Tejo, tendo como condicionantes algumas áreas de reserva agrícola nacional, zonas de sobreiro e, o mais óbvio, a zona de protecção envolta ao monumento do Aqueduto dos Pegões que conta já com 400 anos. O presidente da Câmara Municipal de Tomar, Corvêlo de Sousa (PSD), explicou aos presentes que a autarquia foi “obrigada” a acelerar a aprovação deste tipo de empreendimentos até Abril de 2011, tendo em conta uma interpretação rectificativa relativa ao PROT. A equipa de três projectistas do Gabinete “João de Almeida, Pedro Ferreira Pinto – Arquitectos e Associados”, que representam os investidores explicaram as várias fases do plano de execução geral que, no total, vai demorar dez anos a ficar concluído. Para isso recorreram à projecção de algumas imagens da área que vai ser intervencionada. Adiantaram que o campo de golfe deve começar a ser construído em 2012, levando dois anos até à sua conclusão. Já o hotel será iniciado em 2015 e deverá ficar concluído em 2017. Os projectistas disseram ainda que a construção dos núcleos habitacionais tem início previsto em 2013, tal como a construção de uma zona comercial. No final da sua interpelação responderam a questões levantadas pelo vereador Luís Ferreira (PS) e Pedro Marques, do grupo “Independentes por Tomar”, a propósito dos acessos, abastecimento de água e fases de execução do projecto. Entre outras explicações, os técnicos garantiram que os acessos vão continuar a ser públicos, frisando que ainda persistem algumas dúvidas em relação à ligação das estradas aos acessos.