O concurso de admissão de três sapadores florestais - que vão integrar a equipa que vai patrulhar as zonas verdes do concelho de Azambuja - deverá ser publicado até final do mês de Fevereiro em Diário da República. A informação é avançada a O MIRANTE pelo vice-presidente do executivo, Luís de Sousa.Em 2009, recorde-se, uma dezena e meia de homens, na altura em situação de desemprego, frequentaram uma formação de sapador florestal ministrada pelo Centro de Emprego de Alverca, com a promessa de que os cinco melhores ganhariam um lugar no grupo de sapadores florestais do concelho, que teria como missão prevenir os incêndios e auxiliar os bombeiros no combate aos fogos. Para isso estariam destinados 35 mil euros por ano, fruto de um protocolo assinado entre o Município da Azambuja, a Autoridade Florestal Nacional e o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). Quase um ano e meio depois do final do curso a maioria dos alunos não foi chamada para trabalhar. Os únicos dois formandos que mantiveram o seu trabalho já eram funcionários do município, através do Gabinete Municipal de Protecção Civil.“Não está esquecido, está tudo a correr dentro do previsto e o concurso vai abrir em breve através do Diário da República. Os dois funcionários da autarquia vão ser integrados nessa equipa e vão entrar três alunos desse curso. Já estamos a tratar da aquisição das viaturas e dos equipamentos”, informou Luís de Sousa a O MIRANTE.O protocolo previa que os sapadores florestais patrulhassem as zonas verdes durante cinco anos, realizando vigilância no Verão e silvicultura preventiva no Inverno, que consiste na desmatação, gestão de faixas de manutenção de combustível e criação de aceiros. A equipa vai ser criada com os cinco melhores alunos do curso de sapadores florestais que foi ministrado pelo centro de emprego de Alverca, concelho de Vila Franca de Xira. A formação começou a 17 de Junho e terminou a 30 de Julho de 2009. Ao dispor da equipa está uma verba de 55 200 euros entregue pelo IFAP para aquisição de material e uma carrinha de intervenção rápida. Além disso a equipa custará aos cofres da autarquia 35 mil euros por ano.“Este curso apareceu porque tem sido uma área muito desenvolvida e tem sido uma grande aposta ao nível da formação. Estão a ser criadas cada vez mais equipas de sapadores, sobretudo para limpeza de matas. Este módulo é uma mais valia para ensinar a abrir caminhos, limpar as árvores por onde possa passar um autotanque e fazer contra-fogo, por exemplo”, explicou na altura a O MIRANTE o formador João Ribeiro. O ponto mais crítico do concelho da Azambuja no que diz respeito ao risco de incêndio é o chamado “alto concelho”, que integra as freguesias da Maçussa, Vila Nova de São Pedro e Manique do Intendente.