A Câmara Municipal de Santarém inaugurou no dia 2 de Fevereiro a iniciativa “Dia da Construção Sustentável”, destinada a sensibilizar promotores imobiliários, profissionais da área da construção e cidadãos para a opção por práticas e materiais sustentáveis na construção de edifícios e habitações.Maria João Cardoso, chefe do Departamento de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (DADS) da câmara municipal, disse que a iniciativa, que se vai repetir em todas as primeiras quartas-feiras de cada mês, se insere na estratégia, “pioneira numa autarquia”, de promover o conceito de desenvolvimento sustentável.Segundo disse, a Câmara de Santarém tem procurado ser exemplo numa área que, afirmou, “leva à construção de comunidades sustentáveis”, apontando o facto de a autarquia ter assinado, em Junho de 2008, um protocolo com o Instituto Superior Técnico no âmbito do Sistema de Certificação Ambiental da Construção Sustentável – LiderA, marca portuguesa registada.Nesse sentido, os centros escolares do concelho – um deles, o de Alcanede, já inaugurado – estão a ser construídos segundo os conceitos de construção sustentável, procurando que, “a custos muito rigorosos”, tenham um desempenho ambiental 50 por cento melhor que as práticas de construção tradicionais, disse.Maria João Cardoso realçou o facto de o centro escolar de Alcanede não ter tido custos acrescidos, de ter privilegiado o uso de materiais locais e de permitir, por exemplo, a reutilização da água da chuva nos autoclismos e nas regas e ter como fonte energética painéis solares térmicos.O exemplo da autarquia levou a que os seus técnicos estejam a ser procurados por promotores particulares que querem ver as suas construções certificadas pelo LiderA, como são os casos do Centro Pastoral de S. Vicente do Paul e de dois empreendimentos turísticos, afirmou.O primeiro “Dia da Construção Sustentável” contou com a participação do Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro, tendo Marisa Almeida apresentado alguns materiais inovadores e amigos do ambiente, por consumirem menos matéria-prima e menos energia e por reduzirem a emissão de gases com efeito de estufa.Marisa Almeida apresentou aos 25 inscritos na acção desde materiais cerâmicos de espessura muito fina a pavimentos anti-bacterianos, superfícies revestidas para lavatórios e sanitas “auto limpantes”, fachadas e telhas com revestimento fotovoltaico, que actuam como painéis solares, entre outros. Admitindo que estes são, ainda, materiais mais caros que os convencionais, Marisa Almeida frisou as “vantagens adicionais” desta opção.