A rua Serpa Pinto, no centro da cidade de Vila Franca de Xira, vai receber uma nova camada de betuminoso quando terminarem as obras que ali se estão a realizar pelos Serviços Municipais de Água e Saneamento (SMAS). A informação foi avançada na última reunião pública do executivo pela presidente da câmara municipal, Maria da Luz Rosinha.“Depois dos SMAS concluírem a sua obra nós avançaremos, desde o Brilha até à esquina do Salema, com a colocação de um novo tapete. Não faria sentido fazer uma obra e não fazer a outra. Ainda vamos ter o trânsito condicionado durante algum tempo mas ficará tudo resolvido”, avançou a autarca.A conclusão de todos os trabalhos está prevista para Setembro, quase um ano depois do seu início. A obra dos SMAS encontrou algumas dificuldades e a interrupção dos trabalhos na semana da Feira de Outubro e na quadra natalícia – destinada a promover o consumo no comércio tradicional - arrastou o calendário das obras. Actualmente a intervenção desenrola-se na Travessa da Praia, local que os SMAS consideram estratégico para o encaminhamento de todos os esgotos pluviais. A colocação de um novo tapete de asfalto será o culminar da obra e vem dar resposta a uma reivindicação antiga de moradores e condutores, que lamentavam o mau estado do piso empedrado da rua. Actualmente estão em curso na rua Serpa Pinto obras de remodelação e renovação das redes de água, esgotos domésticos e águas pluviais, representando um investimento de quase 621 mil euros. Os condicionamentos de trânsito que hoje estão em vigor obrigam os condutores a atravessar Vila Franca de Xira pela rua Alves Redol, que funciona com os dois sentidos de trânsito, reduzindo também os já poucos estacionamentos ali existentes. “Como a obra parou e as máquinas desapareceram todas na quadra do Natal pensámos que as obras já tinham acabado, afinal continuam”, lamenta uma moradora a O MIRANTE. A maioria dos moradores da rua Serpa Pinto diz compreender a necessidade das obras, mas critica a forma como estão a ser realizadas. Alguns residentes queixam-se dos responsáveis “não reservarem corredores seguros para quem anda a pé pelo meio da obra” e de não tomarem medidas para reduzir o barulho, especialmente nos períodos da manhã.Além dos moradores também os empresários reclamam da morosidade da intervenção. Não apenas pela redução de clientes nas lojas, mas porque dizem viver uma situação “infernal”. Mário Brito confessa que já pensou fechar a porta. “Com a porta aberta entra um pó e barulho terrível e com a porta fechada ninguém entra. Espero que as obras fiquem prontas depressa porque para passar fome já basta quando temos a porta aberta”, lamenta. Apesar dos lamentos ainda ninguém concretizou o fecho dos estabelecimentos e muitos lançam apelos para que os trabalhos fiquem concluídos “o mais depressa possível”.