uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Voluntários da Cruz Vermelha protestaram na Assembleia Municipal de Azambuja

Voluntários da Cruz Vermelha protestaram na Assembleia Municipal de Azambuja

Pedro Vieira diz que continua a existir falta de respeito pela instituição

Fartos de esperar por um terreno para a construção do novo quartel os socorristas da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima foram à última Assembleia Municipal de Azambuja demonstrar o descontentamento. Acabaram por abandonar a sala quando os acusaram de estarem a ser instrumentalizados politicamente.

Perto de 40 voluntários da delegação de Aveiras de Cima da Cruz Vermelha Portuguesa, no concelho de Azambuja, estiveram presentes na última assembleia municipal que decorreu na noite de quinta-feira, 24 de Fevereiro, no Pavilhão Multiusos da União de Desporto e Recreio de Vila Nova da Rainha. Os socorristas vieram reclamar o prometido terreno para a construção do novo quartel, mas acabaram por abandonar a sessão quando ouviram algumas vozes do executivo municipal a dizer que estavam presentes por uma questão política. “Viemos sem o conhecimento da direcção, estamos aqui representados por unanimidade, sendo este um acto de livre e espontânea vontade de todos nós”, começou por dizer o porta-voz do grupo, Pedro Vieira. Na opinião dos socorristas o poder executivo e todas as outras forças políticas representadas na assembleia “continuam a não ter o devido apreço e respeito, tanto com a instituição, como com os voluntários que, diariamente, colaboram e auxiliam sem qualquer tipo de compensação, a comunidade onde estão inseridos”. O grupo veio reivindicar um terreno para a construção do novo quartel, mostrando-se visivelmente agastado com as promessas não cumpridas. “Se a delegação da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima quiser assinamos amanhã o protocolo de cedência de um terreno por direito de superfície que já foi proposto há cinco anos”, respondeu o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos. O terreno em causa tem 1000 metros quadrados e terá sido declinado porque a Cruz Vermelha de Aveiras de Cima demonstrou interesse por um terreno de maiores dimensões que está localizado numa Área Urbana de Génese Ilegal (AUGI) da Quinta do Mor. No mesmo local será construído o quartel da GNR de Aveiras de Cima que está na mesma situação. “Só depois dos terrenos estarem legalizados e passarem para a posse da câmara é que os podemos ceder à cruz vermelha e à GNR de Aveiras de Cima”, explicou Joaquim Ramos. António Godinho, da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, apresentou ainda outra proposta de um terreno que é propriedade da junta e de um particular para a localização do quartel da Cruz Vermelha e da GNR de Aveiras de Cima. Joaquim Ramos alegou, no entanto, que uma “expropriação arrasta-se durante anos”. Os socorristas acrescentaram que não se querem ver forçados a partir para “acções inconvenientes” que possam prejudicar não só as pessoas como também as instituições que necessitam ou prestam um serviço de socorro. Assembleia chumba proposta de aquisição de reboque O partido Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra (PSD, CDS-PP, Partido da Terra e Partido Popular Monárquico) apresentou uma proposta na última assembleia municipal, realizada a 24 de Fevereiro, para a aquisição de um reboque de atrelado de emergência no valor de 20 mil euros para a delegação de Aveiras de Cima da Cruz Vermelha Portuguesa. A recomendação foi chumbada com 10 votos a favor e 16 votos contra. A proposta surgiu porque o sistema municipal de Protecção Civil não dispõe de um reboque de atrelado de emergência. “A delegação de Aveiras de Cima da Cruz Vermelha Portuguesa já possui parte significativa do equipamento, material de protecção e acessórios que devem integrar um reboque atrelado de emergência, nomeadamente uma tenda insuflável”, lê-se na proposta. O presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Joaquim Ramos, voltou a frisar que existe uma candidatura ao Quadro Referência Estratégico Nacional (QREN) para adquirir o mesmo reboque e outro equipamento no valor de 46 mil euros. “O equipamento que vamos adquirir não será para uso exclusivo da Cruz Vermelha de Aveiras de Cima, mas para servir todo o concelho”, explicou. O deputado do Bloco de Esquerda, Daniel Claro, chamou a atenção para “os gastos desnecessários que podem ser evitados”, uma vez que a Cruz Vermelha de Aveiras de Cima já possui algum material, e para a necessidade de pedir um parecer à protecção civil para saber a premência do equipamento. Joaquim Ramos encerrou a discussão dizendo que não “reduz o problema da Protecção Civil do concelho à aquisição de um atrelado para a Cruz Vermelha de Aveiras de Cima”.
Voluntários da Cruz Vermelha protestaram na Assembleia Municipal de Azambuja

Mais Notícias

    A carregar...