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Cláudia Ferreira

32 anos, administrativa, Tomar

“Já fui a um jantar mas, para mim, o Dia da Mulher devia ser todos os dias. As mulheres, que trabalham fora e dentro de casa, não têm muita disponibilidade para se distraírem pelo que encontram neste dia a oportunidade para descomprimir da sua rotina”

Concorda com a manifestação feita pela “geração à rasca”?Eu não participei na manifestação mas concordo porque tem que se dar a conhecer que as pessoas estão revoltadas. Não percebo muito de política mas considero que, no poder, todos acabam por fazer igual. Como fazemos parte da União Europeia, Bruxelas acaba por ditar as regras. Gostava de ter uma perspectiva diferente para o meu país. Com um trabalho precário, torna-se complicado organizar a vida. E o que é preciso para “desenrascar” Portugal?Muita coisa. Por exemplo, ao nível das empresas sinto que as maiores conseguem fugir ao fisco, porque têm economistas a trabalhar para eles, ao passo que as mais pequenas são as primeiras a ser penalizadas. São prometidos incentivos a quem cria o próprio negócio mas, na prática, não acontece. Ainda vale a pena investir num canudo?Conheço algumas pessoas que são licenciadas mas estão a ganhar 500 euros, um salário que deve ser ganho por quem tem menos escolaridade. Mas como vêem que não conseguem outro emprego, aceitam o que lhe aparece. Tenho uma filha com dez anos e acho que vai ter que pensar muito bem que curso quer tirar quando for para a universidade. Faz sentido comemorar o Dia da Mulher?Já fui a um jantar comemorativo mas, para mim, o Dia da Mulher devia ser todos os dias. Acaba por ser mais um pretexto para que as mulheres se juntem a conviver e se divirtam com as amigas. As mulheres, que trabalham fora e dentro de casa, não têm muita disponibilidade para se distraírem pelo que neste dia encontram uma oportunidade para descomprimir da sua rotina. Ainda estamos longe da igualdade de géneros. Vai participar na Festa dos Tabuleiros?Nunca levei um tabuleiro mas na última festa fui eu que fiz o tabuleiro para a minha filha levar. Apesar de ser do concelho nunca tinha assistido à Festa dos Tabuleiros e gostei muito. É uma tradição bonita e que as pessoas identificam logo com Tomar. O meu pai participou na festa há 50 anos e conserva uma fotografia a preto e branco tirada nessa ocasião.O que é que gostava de ver em Tomar?Gostava que, tirando-se partido da existência de um Instituto Politécnico, houvesse mais oferta em termos de animação nocturna desde que fossem estabelecimentos com qualidade. Vamos a Torres Novas, por exemplo, e há mais por onde escolher. Também faz falta um centro comercial com salas de cinema, lojas de roupa e espaços alimentares. Ao fim-de-semana, de noite, não há muito para fazer e um shopping moderno dava logo outra dinâmica e atractividade à cidade.

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