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Fleumático Manuel Serra d’Aire

Passou-se mais um 8 de Março e com mais certeza fiquei de que se avizinham tempos negros para o macho marialva que tem no Ribatejo um dos últimos redutos. A desvergonha da luta pela igualdade já tem frentes de combate em plena lezíria e por este andar vamos ser engolidos por essa horda de salto alto e unhas pintadas que se queixa de ser explorada há milénios pelo chamado sexo forte. Como se nós tivéssemos culpa do que fizeram os nossos bárbaros antepassados, que provavelmente lá teriam as suas razões. A governadora civil de Santarém Sónia Sanfona - que é uma das activistas da horda e deve ser das mulheres que menos razões de queixa deve ter no mundo da política, tal o currículo que ganhou em tão pouco tempo - , premiou inclusivamente oito mulheres autarcas, oferecendo-lhe lembranças e flores compradas com o dinheiro de todos os contribuintes, e não só da facção feminina. E para quem advoga igualdade premiar apenas 8 das cerca de 800 mulheres autarcas que há na região não me parece lá muito curial. Ainda gostava de saber quais foram os critérios. Se fosse eu a escolher, pelo menos seriam fáceis de perceber…Aliás, deixa-me dizer que essas homenagens às sacrificadas mulheres de hoje, a pretexto da propalada luta pela igualdade de géneros, cheiram-me a esturro à distância. Porque as leis da física são claras quando ditam que o mesmo corpo não consegue estar em dois locais diferentes ao mesmo tempo. Só Deus consegue fazer isso, mas não é autarca nem mulher, nem presumo que pretenda vir a ser. Portanto estamos conversados. Quando ouço uma mulher dizer que a sua vida profissional lhe leva carradas de horas por dia, mais feriados e fins de semana, é certo e sabido que em casa deve ter um bom homem que está abnegadamente a tratar dos putos e das lides domésticas longe do reconhecimento público. E esses heróis dos tempos modernos não têm direito a 8 de Marços, nem a flores e lembranças da governadora civil. Nem sequer a um garrafão de 5 litros de tinto da terra da governadora. Esta história da igualdade há-de ser a nossa desgraça. Vê o exemplo do que se passou recentemente em Marinhais, onde mais de uma centena de mulheres de todas as idades, cores e religiões iam comendo vivos dois pobres strippers que ali foram expor o seu corpo à gulodice alheia para ganhar a vida. Sim, há homens que têm de vender o corpo para ganharem para a bucha, minhas senhoras! E onde estava a associação de apoio à vítima nessa noite? E a senhora governadora civil, que é a representante da autoridade do Estado no distrito, que diz a esta pouca vergonha? A esta humilhação de seres humanos indefesos em nome do prazer fácil e momentâneo de uma multidão ululante?Manel fica o aviso: hoje é assim e se lhes dermos confiança amanhã correm-nos das bancadas dos campos de futebol, das praças de toiros e das rolotes de bifanas. Quem te avisa teu amigo é!Um abraço quebra-costas do Serafim das Neves

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