Cinquenta e dois jovens terminaram no dia 19 de Março, na Golegã, o curso de candidatos a árbitro de futebol de 11. O Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol de Santarém deu o nome de Manuel Abreu ao curso, homenageando assim um homem que muito deu à arbitragem distrital e nacional.Manuel Abreu, esteve ligado à arbitragem até ao dia da sua morte. Foi árbitro de primeira categoria nacional, foi observador de árbitros e presidiu ao Conselho de Arbitragem de Santarém, daí esta justa homenagem.O curso foi dos mais concorridos de sempre, formar cinquenta e dois novos árbitros de uma assentada não é uma situação normal, daí a satisfação do dirigente da Comissão Técnica de Arbitragem da Associação de Futebol de Santarém, Augusto Lourenço. “Foi uma boa jornada de arbitragem, não é todos os dias que temos mais de meia centena de jovens a quererem ser árbitros”, disse em conversa com O MIRANTE.Segundo Augusto Lourenço, este número de árbitros só foi possível face ao excelente trabalho que os actuais dirigentes do Conselho de Arbitragem têm efectuado, e também aos núcleos. “Um trabalho que ainda não terminou. Os dirigentes vão continuar a acompanhar estes jovens para que eles não se vão embora à primeira dificuldade. Também os árbitros mais experientes e que estão nos nacionais sempre que lhes for possível vão levar alguns deles nas suas actuações para que se integrem com mais força”, garantiu.O MIRANTE falou com alguns jovens para saber da sua motivação para abraçarem esta difícil tarefa de arbitrar jogos de futebol, numa altura em que as coisas estão muito difíceis para a classe. Os jovens foram parcos em palavras. “É para testar os meus limites”, disse um. Outro garantia que era para seguir as pisadas do pai. Outro ainda dizia que “gosto de futebol e gosto de ver uma boa arbitragem. Quero ser árbitro e não tenho receio de ir para dentro do campo”. A maioria preferiu ficar-se pelo “vamos ver o que é que isto dá”.