Triatlo do Núcleo Sportinguista da Golegã com novo projecto
“Uma aposta forte com condições para avançar” diz o presidente Jaime Rosa
O Núcleo Sportinguista do Concelho da Golegã (NSCG) tem uma nova direcção. Uma direcção renovada que continua a ter como presidente Jaime Rosa. E no ano em que comemora o seu 11º aniversário parte para uma nova etapa: o desenvolvimento do triatlo juntando nesta altura já 50 atletas na modalidade. Para conhecer o Núcleo O MIRANTE falou com o seu presidente e treinadores de Triatlo, João Mascarenhas e João Diogo Rama.
Como é dirigir o NSCG numa fase de expansão desportiva?Ser presidente do NSCG acarreta um grau de exigência e dedicação elevado. São mais de 250 associados a quem vamos dando a atenção e carinho possíveis, principalmente nestes últimos anos, coincidentes com a época mais complicada da vida do Sporting. Mas dirigir deve ser acima de tudo um prazer, e é nessa base que a direcção do Núcleo trabalha. Temos que constantemente encontrar formas de inovar e é nessa órbita que aparece o triatlo para dar ainda mais visibilidade ao núcleo e à Golegã. Esta direcção que agora vai tomar posse é composta por 11 elementos, todos eles úteis, válidos e com enorme sentido crítico.Que actividades desenvolve para além da nova modalidade?O Núcleo surgiu da necessidade de união entre os sportinguistas da Golegã. A princípio servia como ponto de encontro entre os associados e base de apoio para assistir aos jogos do Sporting. Desde 2001 que temos uma equipa de Cicloturismo que se formou com base nos elementos que estavam desagregados, eram pessoas com muitos anos e conhecimento da modalidade. A excelente relação e bom ambiente que sempre existiu fez com que o grupo crescesse e a partir de 2009, abrangendo uma variada faixa etária, entre os 10 e os 75 anos, fez com que tenhamos sido reconhecidos como a maior equipa nacional. Evoluímos sempre com alguma ligação às bicicletas, foi por isso que para este ano de 2011, arrancámos com o projecto de uma equipa de triatlo que esperamos vir a ser uma grande aposta.Como surgiu essa aposta no Triatlo?Na Golegã existem alguns jovens que estavam a praticar a modalidade noutro concelho, atingindo resultados muito interessantes, sendo que nesse clube existiam algumas dificuldades estruturais notando-se fraca motivação para o Triatlo. Pessoalmente sondei junto dos responsáveis políticos da vontade de se constituir uma equipa na Golegã e dos apoios de que necessitaríamos e quando sentimos que realmente existia vontade por parte da câmara e junta de freguesia, lançamos o repto ao treinador João Mascarenhas, a fim de se formar a equipa.Quais são os principais desafios que este primeiro ano de actividade de triatlo encerra?Quando se entra num novo projecto, existem milhentas coisas que temos de enfrentar e que não estavam previstas. Além das necessidades especificas da competição foi muito difícil a nossa chegada à piscina municipal. Algumas pessoas tinham aquele local como sendo o “seu quintal”, felizmente houve vontade e capacidade política por parte do município para que as coisas tomassem caminho. Entrámos naquele espaço com a época já a decorrer sendo que o nosso grande desafio é mostrar que estamos aqui em prol do concelho da Golegã, apenas e só para trabalhar, sem necessitar de passar por cima de ninguém. Depois tivemos de lidar também com a nossa própria inexperiência em liderar um projecto deste género, pois para todos nós (direcção) era a primeira vez que o fazíamos. Aqui fomos socorridos pela experiência do nosso técnico João Mascarenhas.Um clube desportivo tem sempre uma gestão financeira difícil. Como é a gestão nesse aspecto?A gestão financeira não tem de ser necessariamente difícil, mas sim rigorosa. Desde sempre que nós no Núcleo quando queremos colocar um projecto ou actividade em andamento fazemos sempre de forma a que ele seja sustentável e equilibrado financeiramente. Obviamente que quando se abraça um projecto como o do triatlo existem riscos financeiros mas a direcção do Núcleo da Golegã trabalha para que esses riscos sejam minimizados.Quais são os principais objectivos para o ano de 2011?O fundamental é que o grupo cresça como tal, e que todos cheguem ao fim da época com prazer de pertencerem a este clube. Obviamente que os resultados desportivos são importantes, não nos podemos esquecer que temos no nosso seio vários campeões nacionais que se pretendem motivados para continuar a ganhar e evoluir.E a longo prazo? Os Jogos Olímpicos?Sinceramente nunca pensei nisso, mas se hoje temos jovens atletas que vão sendo presença habitual nas selecções nacionais, e se Portugal normalmente consegue uma boa representação no Triatlo nos Jogos Olímpicos, porque não alimentar o sonho desses jovens? Qual é o principal contributo que o Núcleo dará à vila da Golegã?O Núcleo da Golegã é uma referência na nossa sociedade. Foi conquistada ao longo dos anos e é reconhecido pelos nossos parceiros, somos dos poucos Núcleos oficiais do Sporting no distrito. Os nossos cicloturistas e triatletas, ostentam com orgulho o símbolo de Capital do Cavalo e o prazer de ser da Golegã, mas vamos mais além. Desde há uns anos temos contribuído para a educação desportiva de jovens e a prática dos mais velhos. Olhando especificamente para o Triatlo, somos neste momento um meio promocional muito forte. Nas reportagens televisivas os nossos atletas e a nossa equipa têm aparecido em grande evidência, e a imprensa regional, também tem destacado muito o nosso clube. Pessoalmente acredito que o maior contributo que daremos à Golegã é o encaminhamento e a prática desportiva dos nossos jovens. Numa sociedade que se tem mostrado cada vez mais sedentária, sempre com atenção às prestações escolares dos nossos atletas, sendo que por norma depois de ingressarem no triatlo os jovens têm melhorado o rendimento escolar. Um triatleta tem que ser organizado e metódico e isso é-lhes ensinado e trabalhado desde cedo.Como considera as condições desportivas do concelho para a prática da modalidade?Quando optámos por formar aqui a equipa, fizemo-lo porque considerámos existirem boas infra-estruturas na Golegã. Temos piscinas, uma pista de tartan para treinos e uma rede viária que nos dá boas oportunidades de treino de ciclismo. Se quisermos ir mais além temos um Centro de Estágio para Desportistas que também poderemos utilizar.O Núcleo pode fazer frente às grandes equipas de triatlo do país?Nós somos uma grande equipa de triatlo, apenas éramos desconhecidos como clube, em virtude de termos aparecido apenas este ano. Obviamente queremos estar entre os melhores.O que considera fazer mais falta para continuar num rumo de sucesso?Necessariamente temos que alargar a base da formação, que é proveniente essencialmente da escola de natação, mais concretamente da competição. Existindo turmas de competição no concelho temos que encontrar formas de intercâmbio, ou gestão comuns, sob o risco de termos duas equipas rivais num espaço tão pequeno como é o caso.
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