Um grupo de alunos do 12º ano da Escola Secundária de Azambuja desenvolveu um projecto de fabrico de sabão através do aproveitamento de óleo alimentar usado e cinzas de madeira. Os sabões sólidos e líquidos que criaram foram baptizados com o nome de “Sabão de Inverno” por terem como elemento inovador a introdução das cinzas que são retiradas das lareiras. No dia 29 de Abril o grupo de alunos - Inês Salvador, Carolina Marques, Tiago Caria, Andreia Firmino, Maria Vieira, Tatiana Carvalho, Rita Narciso – vai apresentar o projecto à Universidade de Coimbra. Tudo começou quando a professora de química, Margarida Duarte, descobriu que os índios da Amazónia lavavam os utensílios com uma mistura de sebo de animal e cinzas das fogueiras. O método que utilizam parece simples mas implicou muito estudo: depois de ferver as cinzas em água, utiliza-se um coador para aproveitar a água rica nos sais e minerais; ao óleo e à água das cinzas junta-se ainda mais água e mexe-se; a mistura é colocada posteriormente em pacotes de leite para o sabão solidificar. Desde Dezembro que têm vindo a apurar as “receitas” de sabão duro e líquido que produzem. O resultado é um sabão 100% ecológico que pode ser usado para tomar banho no rio sem gerar poluição. Além da vertente de investigação o projecto de fabrico de sabão tem como pilar fundamental a preservação do meio ambiente estimulando o uso de materiais reutilizáveis. O sucesso tem sido tão grande que toda a comunidade escolar está envolvida e quer espreitar os sabões que já têm um rótulo próprio. No dia 7 de Abril vão realizar uma exposição com os sabões produzidos e entregar algumas amostras. Eduarda Sousa