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Casa cheia na apresentação do novo rancho de Alpiarça

Primeiro espectáculo do Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Alpiarça no dia do concelho
Trajado à maioral com chapéu de abas na cabeça, colete e calças cinzentas e camisa azul clara, Leandro, três anos, aguarda pacientemente pela sua vez de subir ao palco. É a primeira vez que vai actuar em palco, mas nem isso lhe tira a calma. Leandro é o elemento mais jovem do Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Alpiarça, que fez a sua apresentação na noite de sábado, 2 de Abril, feriado municipal, dia em que se assinalaram os 97 anos do concelho.O salão da Sociedade Filarmónica 1º de Dezembro foi pequeno para acolher tanta gente que não quis faltar à primeira actuação do novo grupo folclórico. Junto à porta Manuel António aguarda o início do espectáculo com expectativa. Está em pé porque as cadeiras já estão todas ocupadas. “Acho engraçado existirem dois ranchos em Alpiarça. É bom para darem a conhecer o concelho nas actuações que vão aparecer”, refere o espectador.Sentada no chão, Filomena Silva também quis vir dar força às amigas que integram o novo grupo. “Ao contrário do que algumas pessoas possam pensar eu defendo que um novo rancho vem dar mais força ao concelho. Acho viável existirem dois ranchos em Alpiarça porque podem levar mais longe o nome da terra”, justifica Filomena Silva.A noite começou com a actuação do coro da Academia Sénior de Alpiarça. A cerca de meia centena de elementos do rancho aguarda pela hora da sua apresentação junto aos dois lados do palco. As raparigas ajeitam o traje e compõem o lenço na cabeça. As mais velhas ajudam as mais novas a comporem o saiote. Sentada num pequeno banco, Margarida, 4 anos, está trajada de pescadora. Ainda não pertence ao rancho mas a direcção do grupo está a tentar convencê-la a entrar.Os elementos do Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Alpiarça envergam os trajes que representam o cavador, as lavadeiras, os pescadores, as fazendeiras, os trabalhadores do campo, as mondadeiras e as ceifeiras dos séculos XIX e XX. Adelaide Lagarto, uma das impulsionadoras do novo rancho e membro da direcção, confessa a O MIRANTE, momentos antes da actuação que fez quase todos os trajes do novo rancho. “Desde Outubro passado que estou embrenhada na confecção da roupa mas correu tudo bem e os trajes estão muito bonitos”, diz orgulhosa, confessando que não dorme há “dois dias” devido à ansiedade provocada pela estreia.O espectáculo começou com a actuação do grupo infantil seguindo-se o grupo de cantares. Durante a actuação musical alguns elementos do rancho fizeram uma representação de um dia de jorna no campo o que gerou boa disposição e admiração dos mais novos que não sabiam como era a vida no campo há mais de 50 anos. No final do espectáculo o novo grupo foi aplaudido e aprovado pelos espectadores.

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