A sonoridade dos Quinta do Bill no novo álbum, “Sete”, surge “mais pop sem descuidar a identidade folk”, diz o vocalista da banda, Carlos Moisés. O álbum chegou segunda-feira ao mercado e na sexta-feira, 8 de Abril, é apresentado ao vivo no Cine-Teatro Paraíso, em Tomar, a cidade natal da banda.Carlos Moisés afirma que este álbum “marca a diferença pela vertente mais pop sem descuidar da identidade folk, pois estão lá o violino, o acordeão, o banjo e as flautas”. É uma “nova etapa na sonoridade do grupo”, para a qual “foi decisivo o papel do produtor Nuno Rafael indo ao encontro dos desejos do grupo”.O título, “Sete”, sugere uma interpretação cabalística, “mas resulta antes de um conjunto de coincidências: sete autores, é o sétimo álbum de originais e é revelador das sete vidas dos Quinta do Bill que continuam coesos e com vontade de fazer coisas”, explicou.Referindo-se à equipa de letristas do álbum, a única estreia é a de Pedro Malaquias. Os restantes autores, José Luís Peixoto, João Afonso, Sebastião Antunes, Moz Carrapa, João Portela e Miguel Castro, tinham já colaborado com os Quinta do Bill no álbum anterior, “A Hora das Colmeias” (2006).Carlos Moisés salienta que “as palavras são mais evidentes” e há “mais crítica social”, reconhecendo, todavia, a linearidade dos refrões das canções. “Não se abdicou de algo que é inerente aos Quinta do Bill que é a necessidade de opinar e transmitir a postura da banda perante determinadas situações sociais”, disse. O CD totaliza dez canções e foi gravado entre Fevereiro e Maio do ano passado nos estúdios Valentim de Carvalho, em Paço de Arcos.A banda existe há 22 anos e actualmente é formada por dois dos fundadores: Carlos Moisés (voz) e Paulo Bizarro (baixo), e ainda por Carlos Calado, (guitarras eléctrica e acústica, e banjo), Miguel Urbano (acordeão, teclados e programações), Jorge Costa (bateria e percussões) e Dalila Marques (violino).A primeira sala de ensaios da banda foi na Quinta do Senhor Guilherme, conhecido em Tomar por Bill, facto que determinou o nome da banda, recorda Carlos Moisés. Da história do grupo constam a participação no concurso de Rock do Rock Rendez-Vous (1988), na I Mostra de Música Moderna da Rádio Universidade de Coimbra e o primeiro lugar no Concurso Aqui Del´Rock da RTP, em 1991, que permitiu editar o primeiro álbum, “Sem rumo”.