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Resultados conseguidos pela maioria PSD reduzem margem crítica da oposição

Aprovadas contas do município do Entroncamento relativas a 2010

Os dois vereadores do PSF abstiveram-se. O eleito do Bloco de Esquerda votou contra mas sem deixar de elogiar uma redução das despesas correntes em relação ao inicialmente previsto.

A forma como o Governo está gerir o processo de financiamento de obras municipais através do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional) foi mais uma vez alvo de críticas na reunião do executivo da Câmara Municipal do Entroncamento. No decurso da discussão das contas do exercício económico de 2010, o presidente da câmara, Jaime Ramos (PSD) explicou que a autarquia tem um milhão e cem euros de obra paga (maioritariamente do Centro Escolar da Zona Sul), mas ninguém, sabe quando será desbloqueada a comparticipação de 80 por cento a que tem direito.A explicação foi dada na sequência de observações feitas pelos vereadores do PS, Alexandre Zagalo e Henrique Cunha que criticaram o facto de a autarquia ter que recorrer a um empréstimo bancário para obtenção de verbas necessárias à gestão corrente. “Contraímos o empréstimo para pagar a escola. Só estou disponível para pedir empréstimos para escolas. Quanto muito para uma obra co-financiada que seja importante. Há décadas que não se fazia um jardim-de-infância no Entroncamento”, declarou o presidente da Câmara.Na sua intervenção sobre as contas, já o vereador do Bloco de Esquerda se tinha referido ao assunto. “Os financiamentos do QREN são a saga que todos conhecemos: persistem as indefinições, os atrasos, as alterações de critérios, o arbítrio e a anarquia do salve-se quem puder. A pretexto da crise, o quadro tende a agravar-se, em vez de aumentar o rigor com que estes processos deveriam ser conduzidos”, disse Carlos Matias.O eleito do BE criticou o facto de as receitas do município terem ficado, mais uma vez, abaixo do previsto e deu como exemplo mais significativo a venda de terrenos. No Orçamento previa-se a obtenção de 6 milhões e 435 mil euros mas o resultado foi inferior a 10 por cento daquele valor, ficando-se pelos 705 mil euros. No entanto realçou como positivo “o facto das despesas correntes terem ficado por 78% do previsto, com uma redução significativa nas aquisições de bens e serviços”.Carlos Matias fez observações relativamente ao elevado défice de exploração dos transportes urbanos (400 mil euros), ao facto de metade do orçamento para a cultura ser gasto nas Festas de Verão da cidade e à existência de uma dívida de 47 mil euros à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo. Recuperou também críticas que faz há anos sobre investimentos que a maioria PSD já afirmou e reafirmou não ir fazer (Biblioteca nova, Casa da Juventude e Centro de Dia da Zona Sul).“Já passou o tempo em que andámos armados em bons rapazes”Sobre a dívida à Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, o presidente da Câmara disse que é um assunto que o preocupa e que irá ser paga logo que possível mas explicou que a postura da autarquia tem vindo a mudar. “Já passou a fase de andarmos armados em bons rapazes a esforçarmo-nos para pagar tudo ou quase tudo atempadamente enquanto os outros municípios não o faziam e acabavam por beneficiar com isso. Neste momento estou mais preocupado, por exemplo, com a dívida que temos para com a câmara de Torres Novas relativa ao canil intermunicipal, por exemplo. Essa quero pagá-la rapidamente” disse. Quanto às festas da cidade anunciou que embora decorram ao longo de 7 dias vão custar, em termos de artistas contratados 48,17 por cento das do ano passado e anunciou para breve uma proposta de aumento dos bilhetes e passes dos Transportes Urbanos.

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