Uma banda de adega
Chamam-se “Rising Force”, nasceram em Pêras Ruivas, freguesia de Seiça, Ourém, e tocam heavy metal. Uma das cinco bandas seleccionadas para a final do Concurso de Bandas de Garagem organizado pelo Clube Atlético Ouriense no Art Café, em Ourém. O grupo não ensaia numa garagem mas sim numa adega em Pêras Ruivas, propriedade de um dos elementos. São as condições de que dispõem, num tipo de grupo que, se quiser sobreviver, “tem que obrigatoriamente sair de Ourém”.Hugo de Oliveira (guitarra), Paulo Frias (bateria), César Gonçalves (vocalista) e Ivan Frias (guitarra) compõem a banda com cerca de três anos e que evoluiu de um projecto anterior, recuperando alguns dos originais criados e com novos membros. Entretanto vão saindo da adega, fazendo alguns concertos em Lisboa, Porto e em Gaia, participando em festivais do género. “A ideia é tocar sempre a música de que se gosta”, afirmam, até porque apesar de ganharem algum dinheiro “já passámos a idade das ilusões”. Começaram todos a tocar na adolescência, a vida tornou-os informáticos, operários e artesãos. Alguns começaram na filarmónica e foram evoluindo no gosto musical. No concelho de Ourém existem três bandas de heavy metal, referem. Para os “Rising Force” sobreviverem tiveram que entrar no circuito dos bares e sair da zona, procurando divulgação. Afirmam que tocam uma modalidade mais “leve” de heavy metal, que faz com que a generalidade das pessoas aprecie. “Muitas vezes somos os outsiders, o pessoal, do mais novo ao mais velho, gosta”.A ideia do Concurso de Bandas de Garagem partiu de José Martins, do Clube Atlético Ouriense. “Também tocava numa banda e senti que havia dificuldades em mostrar o trabalho”, comenta. O concurso era aberto a oito bandas, apareceram 16 de todo o país, de todos os estilos musicais. “Foi um saldo muito positivo, não estávamos à espera de tanto, mas com o facebook a notícia espalhou-se”. A vitória do concurso foi para a banda Capitão Ortense. Cláudia Gameiro
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