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António Santos

António Santos

47 anos, contabilista, Vialonga

“O crescimento das hortas urbanas em vários pontos do país é um fenómeno interessante. Também gostava muito que implementassem uma aqui em Vialonga para me poder candidatar. Os meus pais eram agricultores e até aos 20 anos trabalhei a terra. Nas minhas férias, quando vou a Viseu, continuo a semear batatas, couves, alho francês e courgettes”.

Como vê a situação actual do país?Admiro-me que não tenhamos chegado a esta crise mais cedo. Portugal sempre viveu acima das suas possibilidades. O euro deu-nos uma falsa sensação porque concedeu crédito a nível central e local. E nós achamos que conseguiríamos resolver tudo com esse crédito. Existem rotundas e jardins no país que são necessários mas também se deveria ter investido capital na economia produtiva. Também se gastou muito dinheiro na compra de casas. É daquelas pessoas que engorda com um copo de água?Eu só engordo quando abuso mesmo. Gosto muito de comer, o que me obriga a ter cuidados redobrados. Tenho já alguns problemas de colesterol e tento sempre fazer algum exercício físico numa bicicleta que tenho em casa ou então vou correr. Compreende que muitos jovens prefiram a união de facto ao casamento?É fruto dos tempos modernos, não critico, aceito com alguma naturalidade. Neste momento com a igualdade que existe entre homem e mulher os casamentos tendem a desfazer-se com mais facilidade. Em relação aos meus filhos, nunca pensei muito nisso, mas aceitarei a opção que tomarem. Os jornais em papel vão desaparecer?Não acredito na morte dos jornais em papel. Eu leio cada vez menos jornais porque vou buscar à internet a informação. Mas quando vou numa viagem de comboio adoro estar três horas a ler o jornal. É um prazer indescritível. Vão ter uma redução, mas não irão desaparecer porque ter o papel nas mãos é algo insubstituível. Gostava de ter uma horta urbana?O crescimento das hortas urbanas em vários pontos do país é um fenómeno interessante. Também gostava muito que implementassem uma aqui em Vialonga para me poder candidatar. Os meus pais eram agricultores e até aos 20 anos trabalhei a terra. Nas minhas férias, quando vou a Viseu, continuo a semear batatas, couves, alho francês e courgettes. É adepto da tauromaquia?Se estiver a passar um espectáculo na televisão até sou capaz de ver. Mas se olhar bem para os princípios é um espectáculo um pouco bárbaro. Pretende-se o divertimento através do sofrimento de um animal. É indiscutível que a tauromaquia gera muito negócio e postos de trabalho. Não critico ninguém, mas como cresci em Viseu, não tenho muita ligação à tauromaquia. O que mudaria em Vialonga?Deixa-me muito triste a falta de civismo das pessoas. Os espaços públicos estão degradados. Coloca-se um abrigo de passageiros e é logo vandalizado. São equipamentos muito caros e a terra fica com má imagem.
António Santos

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