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Centro Cultural Regional procura mecenas para ajudar a combater a crise

Centro Cultural Regional procura mecenas para ajudar a combater a crise

Nova direcção encontrou dívida de 84 mil euros quando tomou posse

A nova direcção do CCRS, liderada por Lurdes Asseiro, criou condições para que haja actividade cultural regular que aproxime a comunidade da instituição.

O Centro Cultural Regional de Santarém (CCRS) debate-se com grandes dificuldades financeiras. A nova direcção, eleita em Dezembro, encontrou uma dívida de 84 mil euros e a instituição não tem qualquer fonte de rendimento, pelo que só com o apoio do mecenato é possível levar a cabo algumas actividades. Trinta mil euros é o montante da dívida à Segurança Social e mais trinta mil euros é quanto o CCRS deve a um antigo colaborador. O apoio de 535 euros mensais que a Câmara de Santarém acordou em pagar à CCRS mediante protocolo firmado entre as duas partes não é pago há cerca de dois anos. O tesoureiro, Jacinto Fernandes, refere que a autarquia “comprometeu-se” a pagar tudo o que deve. Mas não se sabe quando.O CCRS tem sobrevivido graças à generosidade e solidariedade de várias pessoas, sobretudo os credores que, em alguns casos, perdoaram a dívida ou aceitaram reduzir para menos de metade. “Desde que tomámos posse já conseguimos abater cerca de 15 mil euros de dívida e conseguimo-lo com a colaboração de credores. Já não chove no edifício graças à boa vontade de um empreiteiro que arranjou o telhado. O equipamento de som também se deveu à boa vontade de um técnico de som de Santarém. Só temos a agradecer a todos os que nos têm ajudado”, refere Jacinto Fernandes.A nova direcção do CCRS está à procura de patrocínios e mecenas que possam ajuda a associação nesta fase mais complicada. Se tudo correr como previsto, o Conservatório de Música deixará as instalações do Fórum Mário Viegas no final do ano lectivo e as 12 salas que o conservatório ocupa podem servir para ceder a instituições que precisem de salas. A primeira dívida que o CCRS se comprometeu a pagar, na totalidade, nos próximos dias são os cerca de 1500 euros que a associação deve a uma funcionária de limpeza. A direcção “orgulha-se” de, nos últimos quatro meses, não ter “emitido” um “único” cêntimo de dívida.A nova direcção do CCRS, liderada por Lurdes Asseiro, criou condições para que haja actividade cultural regular que aproxime a comunidade da instituição. As escolas são um dos principais alvos do CCRS estando-se já a estruturar protocolos com as mesmas para os alunos poderem usufruir do espaço. “Queremos que as escolas vejam no centro cultural uma extensão das suas próprias instalações. Ao invés dos alunos fazerem simulações como acontece nas escolas queremos que os alunos venham gerir a galeria de arte, aprender a fazer contactos, fazerem os seus próprios trabalhos e poderem também expor os trabalhos que vão fazendo”, salienta o vice-presidente, João Soeiro.A galeria do Fórum Mário Viegas não está aberta ao público uma vez que não existem verbas para contratar um funcionário a tempo inteiro. A associação está a estudar a hipótese e vai apostar no voluntariado cultural. “Vamos saber da disponibilidade de algumas pessoas que queiram estar aqui duas a três horas por dia durante alguns dias por semana. Vamos ver se conseguimos garantir a abertura da galeria”, explica Lurdes Asseiro.Bienal de Outono e Passeios com História na programação de 2011Retomar a realização da Bienal de Outono onde os artistas plásticos da região podem mostrar os seus trabalhos em pintura, gravura e desenho é um dos objectivos da nova direcção do CCRS. No próximo domingo, 17 de Abril, iniciam-se os “Passeios com História”. Vão ser nove passeios pela zona histórica de Santarém acompanhados por historiadores e antropólogos. “Queremos que as pessoas conheçam e aprofundem melhor o que sabem da cidade”, afirma Lurdes Asseiro. Os passeios realizam-se aos domingos, pelas 10h00.“Ribatejo no Caminho da Identidade” é o nome do ciclo de conferências que se vai realizar mensalmente. Não vão faltar os programas musicais com espectáculos de jazz, música clássica, fado, música popular e africana entre outros nos já conhecidos “café-concerto”. O projecto “CineCafé” e tertúlias ligadas ao cinema também estão incluídos no plano de actividades do CCRS para 2011. O Fórum Mário Viegas vai ser palco de diversos encontros com escritores e sessões de poesia, além de exposições permanentes.
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