Está inaugurado e ao serviço do Grupo Desportivo “O Coruchense” o edifício administrativo do Estádio Municipal de Coruche. A obra foi concluída ao fim de um longo processo e inaugurada na manhã de 25 de Abril. Com uma arquitectura triangular e com uma fachada toda em vidro virada para a entrada de acesso à vila pelo lado de Santarém, o edifício será cedido ao Coruchense por um período de cinco anos através de um contrato de comodato, que poderá ser renovado por igual período.O primeiro piso do edifício fica reservado para o clube, assim como parte do rés-do-chão. A restante área do rés-do-chão composta por sanitários, sala de convívio e cozinha de apoio poderá ser utilizada por clubes ou entidades do concelho que o solicitem. As despesas correntes relativas à utilização do edifício pelo Coruchense ficam a suas expensas.A inauguração juntou dezenas de pessoas, entre as quais José Peseiro, um dos sócios ilustres do Coruchense, que dá nome ao estádio municipal, e o presidente da autarquia, Dionísio Mendes.O presidente do Coruchense lembrou os maus momentos que ele e outros dirigentes passaram com ameaças de penhoras das Finanças aos seus bens devido à dívida fiscal, que se resolveu com a envolvência da autarquia. Ricardo Santos agradeceu a sócios, dirigentes, empresas e instituições que nunca deixaram de acreditar na direcção e no clube, mesmo quando se criaram os “Amigos do Coruchense”, emblema para não deixar cair os escalões de formação, numa altura em que o Coruchense parou a sua actividade durante dois anos. “As escolas conseguiram em honroso segundo lugar e os infantis e iniciados estão a disputar a fase distrital de campeões. Os juvenis ficaram em terceiro lugar e os juniores estão em condições de subir à I Divisão Distrital. Quanto aos seniores, o percurso percorrido não foi aquele que almejávamos, mas já temos uma equipa técnica constituída, pelo Carlos Neves e o Kikas”, analisou Ricardo Santos sobre a época em curso, revelando o nome de Kikas, ex-técnico da AREPA, para conduzir o plantel sénior na próxima época. Recorde-se que a construção do edifício administrativo do estádio municipal resulta de acordo celebrado entre o clube e a câmara. A autarquia comprometeu-se a atribuir uma verba de 200 mil euros ao Coruchense por ter ficado na posse do terreno do Montinho do Brito, situado na estrada da Erra, onde a câmara, ainda gerida pela CDU, pretendia construir o estádio municipal. Com o negócio a não ir por diante e com o clube a ter de doar o terreno à autarquia, ficou pendente o compromisso de fazer erguer um edifício de valor idêntico ao do terreno que funcionasse como sede do Coruchense. Ao longo dos anos, e com a câmara a não avançar com essa construção, concluiu-se seria melhor aplicar a verba no pagamento da dívida fiscal do emblema coruchense.