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Entroncamento cria Centro Municipal de Marcha e Corrida

Adeptos do desporto informal passam a ter apoio técnico

Dois técnicos vão dar apoio três vezes por semana a quem tem ou quer ter uma uma prática regular de desporto. A iniciativa destina-se a combater o sedentarismo.

Foi apresentado na manhã de sábado, 30 de Abril, no Pavilhão Municipal do Entroncamento onde ficará a funcionar, o Centro Municipal de Marcha e Corrida, uma estrutura destinada a orientar tecnicamente a actividade física de cidadãos que praticam desporto sem qualquer objectivo competitivo.Os antigos atletas e campeões nacionais e internacionais de várias modalidades, Carlos Lopes, Fernando Mamede e Rita Borralho, apadrinharam a iniciativa, que também contou com a presença do coordenador do Programa Nacional de Marcha e Corrida, Paulo Colaço que convidou todos os cidadãos que ainda não fazem exercício físico regular a deixaram o sofá.A vereadora do Desporto, Paula Costa (PSD) e o Chefe de Divisão do Desporto, Vítor Frutuoso, fizeram a apresentação do Centro, tendo explicado que os munícipes que praticam ou venham a praticar exercício físico informal passam a ter o apoio de dois técnicos autárquicos, credenciados pelo Programa Nacional de Marcha e Corrida, Carlos Filipe e Gonçalo Leal, que os ajudarão no planeamento do treino e na monitorização básica de alguns indicadores de saúde e condição física.O programa Nacional de Marcha e Corrida é uma iniciativa conjunta dos Instituto de Desporto de Portugal, Federação Portuguesa de Atletismo e Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e conta já com a adesão de 140 municípios.O Centro Municipal de Marcha e Corrida funciona às segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras das 18h às 20h, com atendimento no Pavilhão Desportivo Municipal. Os técnicos também podem ser contactados naquele horário, através do telefone 249 716 948.Um caso exemplarPresente na apresentação do Centro Municipal de Marcha e Corrida, enquanto cidadão, o ex-vereador Luís Boavida (PSD), pode ser considerado um exemplo dos benefícios para a saúde da prática de exercício físico regular.O incentivo para adoptar um estilo de vida saudável começou há um ano. “Tive uma recaída de uma operação e o médico pôs-me entre a espada e a parede. Ou perdia peso ou tinha que fazer nova operação cujo sucesso não era garantido”.Luís Boavida optou pelo exercício físico. “Tinha deixado de fumar há meia dúzia de anos e isso também tinha contribuído para o meu peso excessivo. Estava no grau 3 de obesidade. Comecei pela nutricionista. Cedo percebi que não iria obter resultados a sério apenas com a dieta. Ela já me tinha avisado. E comecei com as caminhadas. Depois associei o ginásio para ganhar massa muscular. Até agora perdi 25 quilos. Sinto-me uma outra pessoa. O espectro da operação foi afastado. Já consigo brincar com os meus netos e antes nem me conseguia baixar. Nunca pensei que iria ter este bem-estar físico e mental. Todos os valores das minhas análises estão normais e sem recurso a medicamentos”, afirma entusiasmado. Luís Boavida já não fazia exercício físico há trinta anos. Após ter sido praticante de hóquei em patins, judo e paraquedismo enveredou pelo dirigismo associativo e pela vida política passando a ser uma pessoa sedentária. O ex-presidente da câmara municipal realça a criação do Centro Municipal de Marcha e Corrida. “A mim fez-me falta este apoio técnico que agora é disponibilizado aos cidadãos. Acabei por procurá-lo num ginásio particular”. Uma outra situação que diz ter contribuído para a melhoria da saúde foi ter abandonado a actividade autárquica. “Na altura eu queria ter tempo livre mas por mais que tentasse não conseguia”.

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