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Discursos de Assembleia da República na Assembleia Municipal do Entroncamento

Discursos de Assembleia da República na Assembleia Municipal do Entroncamento

Apenas o presidente da câmara e a presidente da assembleia se referiram a questões locais

Ataques ao FMI, críticas à perda de soberania nacional, lamentos pelo declínio da Pátria. Por um dia os eleitos municipais “elevaram-se” a deputados da República.

Os oradores dos vários partidos políticos com representação na Assembleia Municipal do Entroncamento, esqueceram por completo os problemas locais e centraram-se nas grandes questões nacionais. Alguém mais distraído que tenha ouvido os seus discursos na sessão evocativa do 25 de Abril, julgaria estar a ouvir os deputados na Assembleia da República. As excepções foram as intervenções da presidente da Assembleia, Isilda Aguincha e do presidente da câmara municipal, Jaime Ramos, ambos do PSD.Mesmo nos habituais vivas no final das intervenções o Entroncamento foi quase sempre esquecido. António Ferreira da CDU fez a despedida mais longa. “Viva a Democracia pluralista com direitos, liberdade e garantias. Honra aos anti-fascistas que deram a vida pela liberdade. 25 de Abril sempre. Viva Portugal, independente e soberano”, declarou. Carla Oliveira (BE) deixou um sucinto “O Povo é quem mais ordena. Pelo 25 de Abril, hoje e sempre”. Carlos Amaro do PS e José Baptista do PSD foram os primeiros a referir-se ao concelho. O socialista com um “Viva o Entroncamento. Viva Portugal. Viva o 25 de Abril” e o social-democrata com declaração idêntica mas à qual retirou a saudação ao 25 de Abril. Mais tarde também a presidente da Assembleia usaria o “Viva o Entroncamento. Viva Portugal”. José Batista (PSD), o quarto orador da sessão, tinha feito uma alusão ao poder local como uma das conquistas de Abril e afirmado que o município do Entroncamento está a ser alvo de ataques violentos da administração central. Mas a primeira intervenção totalmente dedicada ao poder autárquico foi a do presidente da câmara, Jaime Ramos (PSD), que, terminaria o seu discurso com um “Viva o Poder Local! Viva Portugal! Viva o Entroncamento! Viva o 25 de Abril!”.“Uma das grandes conquistas de Abril, e convém nunca o esquecer (!), foi o Poder Local e a sua respectiva autonomia! Graças a essa autonomia que nos foi concedida, a qualidade de vida dos portugueses melhorou substancialmente”, começou por dizer o autarca, para a seguir afirmar que aquela conquista de Abril acabou. “Já não temos autonomia (...) retiram-nos sem qualquer pudor as verbas que possuíamos para uma gestão equilibrada (...) Duma forma perfeitamente arrasadora para quem sempre quis manter o equilíbrio financeiro, foram-nos, em 2010, retirados cerca de 10% das verbas do Orçamento de Estado”.Jaime Ramos terminaria com um aviso. “Não se esqueçam os nossos governantes, porém, que somos nós, Poder Local, os primeiros a dar a cara aos cidadãos e, também, os primeiros a defender os justos anseios das suas populações! Nós, os autarcas, somos os verdadeiros representantes dos ideais do 25 de Abril! Enganam-se aqueles que pensam que nós iremos desistir!”.A fechar a cerimónia, Isilda Aguincha elogiou o trabalho das autarquias do Entroncamento, em conjunto com as instituições de solidariedade social, no apoio aos mais carenciados. “Temos conseguido acorrer às situações mais graves. Ajudam-se as pessoas que mais precisam, em substituição do Governo Central que não dá respostas”, disse.
Discursos de Assembleia da República na Assembleia Municipal do Entroncamento

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