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Contas da Câmara de Coruche aprovadas com execução abaixo dos 50 por cento

Maioria PS justifica baixa execução com diminuição das transferências do Estado e de receitas de impostos
As contas da Câmara de Coruche atingiram a execução orçamental mais baixa dos últimos anos em 2010, com uma percentagem de 47,5 por cento, apesar de traduzirem 5,124 milhões de euros de investimento, um valor maior que em 2007 e 2008, mas inferior ao de 2009. Ainda assim as contas foram aprovadas por maioria com os votos a favor do PS, a abstenção do MIC e os votos contra de CDU e PSD.Face às críticas da oposição, o presidente da Câmara de Coruche começou por fazer a análise dos principais indicadores das contas. Dionísio Mendes (PS) lembrou que factores negativos contribuíram para um menor desempenho esperado, como foi o caso das transferências do Estado (menos 60 %), redução dos fundos comunitários do Feder (menos 5 %), incorporação de quatro por cento de despesa das funcionárias das escolas do Ministério da Educação, a par do abaixamento das receitas de IMI, derrama e IMT.“Apesar de tudo conseguimos um bom equilíbrio das contas e um superávite que permite transitar de ano com saldo positivo na conta de gerência. Em vez dos 450 mil a 500 mil euros previstos na redução de despesas corrente poupámos 756 mil euros. Gastámos menos com actividades promocionais, eventos desportivos, feira do livro, pareceres e consultoria e horas extraordinárias mas se o Fundo de Equilíbrio Financeiro continuar a sofrer um grande golpe é complicado manter a solidez e boa gestão dentro de dois ou três anos”, justificou Dionísio Mendes.A CDU preferiu analisar as contas em termos das prioridades seguidas pela maioria PS. Para Armando Rodrigues seria importante que o executivo aprofundasse algumas medidas de poupança em área não prioritárias como a publicidade. “Em 2010 a Câmara de Coruche gastou em publicidade 158.602.13 euros, mais 47 mil euros que em 2009 e mais 73 mil euros que em 2008. Estes são valores imorais, é uma verba que dá para construir duas habitações sociais numa freguesia, para apoiar reformados e pensionistas com 200 euros de pensão ou reforçar o apoio a bolsas de estudo”, comparou.Pelo PSD, Francisco Gaspar também comentou a baixa execução orçamental, abaixo da média dos últimos oito anos. O deputado social-democrata criticou a postura da autarquia de arrecadação de receitas correntes assente na cobrança de impostos directos e indirectos, que cresceram 14 e sete por cento, respectivamente. “Cobra assim à população mas não executa 50 por cento do investimento previsto. Poupa nas rubricas sociais mas não resiste à tentação da propaganda”, analisou Francisco Gaspar. Dionísio Mendes referiu que apoios sociais não são apenas habitação social e lembrou os diversos apoios atribuídos em bolsas de estudo, pagamentos de passes a alunos que estudam fora do concelho, diminuição de mensalidades para os carenciados que frequentam equipamentos municipais, entre outras áreas. Justificou ainda que a publicidade inclui, além da promoção do município, a publicidade institucional e obrigatória, mas não explicou o grande aumento registado em 2010.

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