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Cidadãos querem melhor serviço de saúde

Sector público cede terreno à iniciativa privada para bem das populações

A reorganização do serviço público de saúde conta cada vez mais com a iniciativa do sector privado. Os dois sectores vão ser cada vez mais complementares...para bem dos cidadãos.

Na discussão entre serviços de saúde públicos ou privados a maior parte dos cidadãos opta por uma posição pragmática e defende o essencial. Um atendimento de qualidade. A realidade mostra que os serviços públicos não irão desaparecer mas os privados fazem cada vez mais falta para suprir as suas carências. Defensores dos dois sistemas estão de acordo num ponto. No topo das preocupações têm que estar as pessoas. E é a elas que compete decidir no momento da doença e ainda antes, quando a prevenção é essencial.Se o Estado tem um papel regulador e o sector privado da saúde tem vindo a crescer, isso significa que público e privado se complementam. Seja através de acordos, seja através de acções independentes mas complementares. Os cidadãos são os principais beneficiados com esta interacção.Há cada vez mais pessoas a recorrer a seguros de saúde. Porque há serviços de saúde inexistentes no sector público de saúde ou porque a resposta dos que existem não é considerada satisfatória. Quem pode optar, fá-lo. Com a saúde não se brinca, diz a sabedoria popular. A nível dos profissionais de saúde também já vai longe o tempo em que o sector público era a melhor escolha. Há muito tempo que a situação se alterou.Médicos, enfermeiros e outros técnicos da área da saúde realizam-se profissionalmente no sector público e no sector privado. Também eles sentem que podem optar sem constrangimentos e de acordo com os seus ritmos de trabalho, convicções próprias e tipo de compensação que desejam. À possibilidade de acumulação do trabalho no público e no privado seguiu-se a possibilidade de uma opção sem constrangimentos à medida que a iniciativa privada se consolidava e proporcionava outras condições de trabalho e remuneratórias.A garantia de cuidados de saúde para toda a população vai manter-se. Os cidadãos vão continuar a exigir que o Estado funcione a esse nível. Mas pedir ao Estado que suporte todo o sector da saúde é utópico. E pedir-lhe que seja o único prestador de cuidados de saúde é completamente irrealista. Tal como em outros sectores a realidade determina a acção. Confrontados com a ineficácia de alguns serviços públicos de saúde, os decisores políticos, incluindo os autarcas, socorrem-se da iniciativa privada. Tratar das pessoas é essencial. A realidade arrasa os modelos quando a celeridade se impõe.

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