Gostava de organizar uma conferência para discutir a gestão municipal. Um frente a frente entre duas visões distintas do assunto. Uma batalha de ideias entre dois autarcas com obra feita. De preferência do mesmo partido. Por exemplo, o Presidente da Câmara de Torres Novas, António Rodrigues que é tão PS que até já esteve à frente da distrital de Santarém e a também socialista Maria da Luz Rosinha, Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. O bigodaças gastou à vara larga e deixa o município endividado até ao tutano. A dona Rosinha, poupadinha, tem as contas equilibradas porque controla as despesas ao cêntimo. Gastar à vara larga não é pecado, como sabes. Até o Pedro Passos Coelho o faz quando se trata de coisas boas para o país como bancos, banqueiros e coisas assim. E já lá dizia o Sócrates, não o filósofo mas o estudante de filosofia, que as dívidas não são para pagar e que por isso é bem melhor gastar que poupar.Acho que o debate iria ser animado, principalmente se o torrejano ilustre soltasse o D. Juan campestre que há em si e começasse a mandar piropos à camarada vilafranquense como costuma mandar à vereadora da CDU lá na sua terra. Uma mulher como a Maria da Luz Rosinha que é toda festa brava, toiros e touradas não se ia ficar concerteza. E se lhe desse para puxar pelo ADN de pescadora Avieira, que também deve ter, ia ser o bom e o bonito. Uma cena a puxar para o telúrico...isto se não fosse a puxar pelo bigode. Uma conclusão já eu tirei há muito tempo. O eleitorado é sensível às questões da gestão. Admira a capacidade gastadora dos autarcas. Quanto mais eles gastam mais votos têm. Em cada câmara arruinada há um presidente eleito por maioria absoluta. Os mãos largas têm sempre mais votos. Em Torres Novas o Rodrigues é só maiorias absolutas. O Moita Flores arruinou Santarém e já o estão a convidar para ir fazer o mesmo em Oeiras, vê lá tu. Em Vila Franca de Xira a presidente ganhou mas apenas com maioria relativa. “Não gastas, não papas!” parece ser o nosso lema eleitoral. Esta semana rebentou uma vez mais a fábrica de pirotecnia Martins & Martins de Torres Novas. Regularmente lá vai aquilo tudo pelos ares. Foi assim em 1997, em 2000 e agora. Desta vez um trabalhador ficou com queimaduras graves em todo o corpo. Das outras duas vezes morreram pessoas. Uma coisa é certa, foram sempre abertos inquéritos para se saber o que tinha acontecido. Como nunca se soube nada calculo que os peritos tenham concluído que não havia matéria para gerar conclusões. Apenas para provocar explosões, concluo eu. Vou terminar com mais uma do Presidente da Câmara de Torres Novas. Anunciou ele, numa das últimas reuniões do executivo municipal, que foi ??? com o Presidente da Direcção dos bombeiros, o barbudo Arnaldo Santos. O resultado da reunião não tem grande interesse. A ementa também não. Quanto ao resto já é sabido que quem pagou a conta fomos nós. Queres uma aposta??!!Saudações à vara larga Manuel Serra d’Aire