CNA defende apoio à agricultura familiar em vez de ajudas ao “clube dos ricos”
A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) defende que o próximo Governo se deve concentrar nos apoios à agricultura familiar em detrimento do “clube dos ricos”, onde se incluem grandes proprietários e empresas do agro-negócio.“Temos de inverter as prioridades estratégicas: abandonar a teoria-fraude da competitividade para a exportação, em que as ajudas públicas vão parar ao ‘clube dos ricos’, dos grandes proprietários e das empresas do agro-negócio, e passar a apoiar prioritariamente a agricultura familiar, o mundo rural, os mercados locais e as produções nacionais”, apelou o dirigente da CNA, João Dinis.Para a CNA, deve ser dada “toda a prioridade ao aumento da produção agrícola e agroflorestal virada para consumo interno, e não apenas para a exportação”. João Dinis considerou que isso “é vital, porque Portugal tem um défice da balança de pagamentos agroalimentar superior a 4 mil milhões de euros por ano”.O mesmo responsável lembrou que “alguns partidos que até vão formar Governo” também consideraram que esta é uma questão importante. “Cá estaremos para ver”, afirmou.O dirigente da CNA está pessimista quanto ao futuro, sublinhando que Portugal se vai confrontar com “duas dinâmicas em confronto muito agudo”: a dinâmica do novo Governo, submetido às imposições do acordo com a ‘troika’ e aquilo de que o país e os agricultores necessitam, como por exemplo, aumentar os preços à produção.
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