EDP Distribuição deu terreno à Fundação Batalha de Aljubarrota
Área de hectare e meio pertencia à subestação de S. Jorge que vai ser modernizada
O presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, Alexandre Patrício Gouveia, e o director da EDP Distribuição, João Torres, assinaram o protocolo dia 1 de Junho.
Parte do terreno onde se calcula que esteve estacionado o exército castelhano antes da Batalha de Aljubarrota, em 14 de Agosto de 1385, vai ser arranjado paisagisticamente e aberto ao público, integrando o centro de interpretação da batalha. A intervenção só é possível fruto do protocolo que foi assinado a 1 de Junho, entre o director da EDP distribuição, entidade proprietária da parcela, João Torres, e o presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota (FBA), Alexandre Patrício Gouveia.O terreno com cerca de hectare e meio que integra a subestação da EDP de S. Jorge, no concelho de Porto de Mós, é doada pela empresa à Fundação. O acordo foi firmado no Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA). Serão demolidas edificações existentes no local e a zona será ajardinada e pavimentada, sendo criadas zonas de circulação pedonal e um memorial, podendo vir ainda a receber elementos escultóricos amovíveis e painéis alusivos à batalha.O presidente da FBA não escondeu a sua satisfação pelo acordo alcançado. “Há cerca de cinco anos que se começou a pensar no que se ia fazer. Agora que alcançámos este acordo, teremos de fazer o projecto o que deverá acontecer no prazo de um ano”, disse. Aquele responsável destacou o gesto da EDP que prescindiu de transaccionar comercialmente o terreno para o doar à fundação. O director da EDP Distribuição, João Torres, lembrou que a EDP, apesar de ser uma empresa de dimensão internacional, continua a ser bem portuguesa e respeita a história do país. “Congratulo-me muito por assinarmos este documento. Vamos meter mãos à obra e conseguir ter a obra terminada até Outubro ou Novembro, conseguindo a integração paisagística em consonância com a autarquia e a Fundação”, realçou.Segundo João Torres, a EDP continua a dar nota de preocupações que marcam o dia a dia, procurando manter a qualidade de serviço naquela região. “Vamos também avançar para a modernização da subestação de S. Jorge num investimento estimado de 1,5 milhões de euros”, revelou o administrador.Presente na cerimónia, o presidente da Câmara de Porto de Mós recordou que a utilização do terreno junto à subestação é uma velha aspiração da Fundação mas também do município. “Fico satisfeito por apadrinhar este ‘casamento’. Permite-nos requalificar um espaço um pouco degradado e enriquecer património da Fundação, assim como a cultura e história ligada a este espaço que a todos nos orgulha. Felicito a EDP por esta doação”, sublinhou o autarca.Após assinatura do protocolo, a comitiva visitou alguns dos locais emblemáticos do Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota, como o local onde se posicionou Nuno Álvares Pereira, D. João I, os arqueiros ingleses ou a chamada Ala dos Namorados.A FBA construiu o Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA) no lugar do antigo museu militar de São Jorge e na zona onde se travou a batalha contra o exército castelhano, pela manutenção independência de Portugal, a 14 de Agosto de 1385.Aquela área foi classificada, em Novembro do ano passado, pelo Conselho de Ministros, como monumento nacional, deliberação justificada com o facto de representar “um momento decisivo de afirmação de Portugal como reino independente”, destacando igualmente, a “táctica militar inédita, apurada na Guerra dos 100 Anos e posta em prática por Nuno Álvares Pereira”.O CIBA foi inaugurado em Outubro de 2008 e conta com três núcleos: o primeiro dedicado às descobertas arqueológicas e à contextualização histórica, o segundo contempla um espectáculo multimédia _ cuja versão melhorada vai estar disponível a partir de Setembro -, enquanto o último apresenta elementos associados à batalha e à sua época.No exterior, além do Parque dos Engenhos Medievais, os visitantes, com a ajuda de áudio guias, podem aceder a informação, em diversos locais, dos factos que aí se processaram durante a batalha.
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