A região do Ribatejo saiu do mapa dos turistas. Quem o diz é Madalena Mello Viana, da Ollem Turismo Fluvial que aposta, desde há seis anos, nos cruzeiros fluviais no Rio Tejo. “Se colocarmos um barco no Rio Douro, temos logo turistas porque o rio já está vendido. No Ribatejo não basta colocar um barco, temos de vender ainda o Rio Tejo para conseguirmos atrair visitantes”, diz. Os turistas depois de chegarem rendem-se facilmente à cultura avieira, aos cavalos, aos vinhos, aos campinos e a muitos outros elementos distintivos da região.Madalena Mello Viana tem tido mais portugueses nos passeios que disponibiliza, mas também quer chegar aos estrangeiros. Para isso chama a atenção para o apoio indispensável das câmaras municipais: “Têm de ser construídas infra-estruturas essenciais para o turismo se desenvolver. Não temos restaurantes onde consigamos colocar 150 turistas a almoçar. É preciso apostar em cais de embarque, restaurantes, hotéis, museus. Não precisamos de mais alcatrão”. Os avieiros e outras comunidades locais também deveriam apostar no artesanato porque os turistas procuram sempre lembranças. “Há uma série de barreiras que temos de ultrapassar, as mentalidades tem de mudar e esta crise até pode ser uma excelente oportunidade para promovermos a região ribatejana”, avança a empresária. Neste momento, a Ollem Turismo Fluvial dispõe de dois barcos com capacidade para 50 pessoas. Existem quatro cruzeiros, a Rota dos Avieiros, a Rota do Tejo, o Team Building, um Programa para Escolas e a Rota das Aves. O mais procurado é a Rota dos Avieiros que leva os turistas a embarcarem na Valada do Ribatejo, visitando depois um mouchão para observação dos cavalos lusitanos. Segue-se um almoço no Escaroupim ou Ilha do Malagueira, terminando a visita na Valada do Ribatejo. A Ollem Turismo está activa durante todo o ano, poderá ser contactada através do número 917204758 - Madalena Mello Viana ou através do site www.ollem-turismo.com.