O vereador do Partido Socialista na Câmara Municipal da Chamusca Paulo Queimado acusou, na reunião do executivo realizada a 13 de Junho, a CDU de “possível gestão danosa”. A acusação surgiu na sequência da apresentação de um novo pacote de medidas de austeridade apresentado pelo vice-presidente da autarquia, Francisco Matias (CDU).O presidente Sérgio Carrinho (CDU), que fez a introdução dos documentos, referiu que eram documentos abertos para acolherem sugestões dos vereadores do Partido Socialista, que seriam discutidos na próxima reunião. Francisco Matias fez depois algumas considerações sobre as propostas, referindo que tinham que ser discutidas e aprovadas antes do final do mês, “para serem levadas à reunião da assembleia municipal que terá lugar no dia 30 de Junho.Os vereadores do PS, que não estão a tempo inteiro ao serviço do município, aceitaram os documentos. Joaquim José Garrido limitou-se a dizer que estava de acordo com muitas situações inseridas nas propostas, que iriam estudar melhor, e na próxima reunião traria um documento com algumas contribuições para introduzir.O vereador Paulo Queimado concordou com a intervenção do seu companheiro de bancada, mas fez mais algumas considerações, referindo que a maioria das medidas incluídas no pacote apresentado pecam por tardias. “Muitas destas medidas têm vindo a ser faladas pelo PS há alguns anos, sem que a maioria da CDU as tenha tomado em conta. Finalmente chegaram à conclusão de que são importantes. É muito tarde e por isso podemos crer que possa ter existido uma possível gestão danosa”, disse.Paulo Queimado adiantou ainda que a abertura à discussão dos documentos é no mínimo duvidosa. “Quando os membros do executivo marcam 17 reuniões, com juntas de freguesia e instituições de solidariedade, num mês decerto que não é para os elementos que não estão a tempo inteiro estarem presentes”, criticou.Francisco Matias reagiu referindo que o executivo tem andado a aguardar a disponibilidade dos elementos do PS, “que pelos vistos se esqueceram do documento que apresentaram a declinarem a participação nos grupos de trabalho. Temos que avançar com a implementação das novas taxas e com as novas medidas, não podemos estar eternamente à vossa espera”, disse em tom agastado.Sérgio Carrinho respondeu a Paulo Queimado e quanto à gestão danosa aconselhou o vereador a não entrar por esse caminho. “As reuniões estão marcadas com antecedência e todas em horário pós-laboral para permitir a presença de todos”. E voltou a dizer que aguarda propostas dos eleitos do PS para serem discutidas e introduzidas nos documentos na próxima reunião.