Escola Superior de Desporto começa próximo ano lectivo nas novas instalações
Dificuldades da Câmara de Rio Maior em encontrar financiamento para as obras não põem em causa mudança
Escola de Desporto funciona provisoriamente há anos no pavilhão multiusos municipal, que deverá acolher durante alguns meses a escola secundária de Rio Maior quando esta estiver em obras.
A Câmara Municipal de Rio Maior ainda não sabe como garantir o milhão de euros para financiar a construção das novas instalações da Escola Superior de Desporto (ESD), conforme se comprometeu no anterior mandato, mas essa situação não vai pôr em causa o andamento dos trabalhos, que se encontram na fase final, nem a abertura do equipamento no próximo ano lectivo.Na última reunião do executivo da Câmara de Rio Maior, os três vereadores do PS, partido que geria a câmara no anterior mandato, manifestaram a sua preocupação por ainda não ter sido transferida a verba pela autarquia. E sugeriram que esse facto podia colocar em risco a mudança da escola do pavilhão multiusos, onde actualmente funciona, para as novas instalações antes da abertura do próximo ano lectivo.A presidente da Escola Superior de Desporto, Rita Santos Rocha, desmente que esteja em risco o início do ano lectivo nas novas instalações, referindo que a mudança está programada para Setembro próximo e o começo das aulas para dia 10 de Outubro. A inauguração oficial está também já marcada para 21 de Outubro, com a oração de sapiência a cargo do antigo ministro da Educação Marçal Grilo, que aceitou o convite.O que está em causa, diz Rita Santos Rocha, é o início das aulas “em pleno ou com constrangimentos”, dependendo isso da capacidade da autarquia em arranjar verba para pagar a sua parte no investimento. “Estamos confiantes que a câmara está a desenvolver todos os esforços para encontrar uma solução e estamos em perfeita sintonia”, refere a responsável, acrescentando que tudo o que possa dizer para além disso é “pura especulação”.No entanto, Rita Santos Rocha sublinha que esse dinheiro “é perfeitamente essencial” para adquirir equipamento desportivo e didáctico e tem que vir este ano. “Se o dinheiro vier todo já em Junho ou Julho será fantástico mas se vier em tranches tudo bem”, diz, acrescentando que o Ministério do Ensino Superior tem também ainda verbas em atraso que só deverão ser transferidas no âmbito do próximo Orçamento de Estado.Na reunião do executivo, a presidente da Câmara de Rio Maior, Isaura Morais (PSD), assumiu as dificuldades em encontrar o financiamento a que a autarquia se obrigou no anterior mandato, já que a banca está a impor fortes restrições ao crédito, e afirmou que não se pode comprometer com prazos para resolver o problema.O socialista Silvino Sequeira, presidente da câmara no anterior mandato, referiu que se a autarquia tivesse considerado uma prioridade a transferência da verba para as obras da Escola Superior de Desporto esta já teria sido efectuada, reconhecendo legitimidade ao executivo para assim ter procedido e manifestando a sua disponibilidade para tentar encontrar soluções.Escola Secundária muda-se para pavilhão multisusos durante as obrasA mudança da Escola Superior de Desporto de Rio Maior para as novas instalações vai deixar vago parte do pavilhão multiusos, onde deverá funcionar provisoriamente a Escola Secundária da cidade enquanto esta estiver a receber as obras de requalificação previstas para breve e que se prevê durarem quase dois anos.No entanto, a mudança da Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira não se deverá dar logo no início do próximo ano lectivo, já que a Escola de Desporto só deverá sair do multisusos no final de Setembro e as aulas no secundário começam habitualmente a meio desse mês. Provavelmente, os alunos do secundário vão ter aulas em contentor pelo menos durante o primeiro período e a mudança para o multiusos efectuar-se durante as férias do Natal.Nova escola custa 18 milhõesA nova Escola Superior de Desporto de Rio Maior, entidade orgânica do Instituto Politécnico de Santarém, representava um investimento inicial de 16 milhões de euros, mas conta com um custo acrescido de dois milhões de euros devido a imposições legais em matéria ambiental aprovadas pelo Governo que exigiram a alteração dos sistema de climatização de toda a área escolar. Valor a mais que a escola defende que deve ser o Governo a suportar. Do investimento original, 10,4 milhões são comportados pelo Programa Operacional temático de Valorização do Território do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). A administração central financia o custo da construção em 4,4 milhões de euros enquanto a autarquia terá que despender um milhão de euros.
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