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Convento de Santa Iria e ex-colégio Feminino continuam à espera de investidores

A Câmara Municipal de Tomar vai ceder o direito de superfície a quem queira transformar o antigo Convento de Santa Iria e Ex-Colégio Feminino num hotel de luxo, em alternativa à sua venda. Refira-se que em 2009, a autarquia lançou um concurso público que ficou deserto. O mesmo estabelecia a venda do ex-Colégio Feminino e do Convento de Santa Iria, contíguos à chamada ponte velha, por um valor base de 1 milhão e 500 mil euros. Segundo o caderno de encargos, quem comprasse os imóveis era obrigado a recuperar e remodelar os dois edifícios para aí instalar um estabelecimento hoteleiro com a categoria mínima de quatro estrelas. O presidente da autarquia, Corvêlo de Sousa (PSD), atribui esta situação à crise económica. “Estamos a falar de uma autêntica jóia por lapidar no centro histórico. Se o concurso fosse lançado há 10 anos não tínhamos tido estas dificuldades mas agora temos de trabalhar para incentivar as entidades a apostar neste projecto”, disse a O MIRANTE na passada semana.O assunto esteve em discussão numa reunião de câmara recente, com o vereador Luís Ferreira (PS), que detém o pelouro da Protecção Civil, a relembrar que a 9 de Abril de 2010 parte da cobertura do ex-Convento “iniciou o seu colapso”, o que motivou a remoção de todas as coberturas e paredes que ameaçavam ruir e que colocavam em perigo pessoas e os bens patrimoniais. “O lançamento de anúncio público deve ser feito antes do final do corrente ano, com o objectivo de que não persistam mais encargos para o município com os referidos imóveis”, disse Luís Ferreira numa declaração para a acta, após indicar que a solução, auscultada junto dos cidadãos poderia passar pela cedência do direito de superfície destes imóveis, por um determinado período de tempo.Corvêlo de Sousa acrescentou a O MIRANTE que, nos últimos tempos, se tem desdobrado em contactos para incentivar promotores hoteleiros. O objectivo passa por encontrar pelo menos três entidades “com competências e capacidade financeira” interessadas em investir nestes imóveis para, desse modo, abrir novo procedimento. “Vamos colocar em concurso as hipóteses de aquisição ou cedência do direito de superfície dos imóveis, esta última que permite que os promotores venham a pagar uma renda mensal à câmara”, explicou. Para Corvêlo de Sousa, urge resolver esta situação devido às condições de degradação que actualmente apresenta. “Seria uma pena a câmara fazer uma intervenção para, em seguida, o espaço voltar a sofrer obras mas estou confiante que, desta vez, vão aparecer interessados”, sustenta.

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