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Clube Atlético Riachense prepara-se para enfrentar o nacional da terceira divisão

Um plantel totalmente novo que quer representar o clube com dignidade

Eleição tardia de uma comissão administrativa dificultou formação do plantel da equipa de futebol sénior do Clube Atlético Riachense, por isso o grupo apresentado é uma mescla de juventude e experiência e conta com o regresso de dois jogadores que já tinham abandonado a modalidade.

O Clube Atlético Riachense apresentou, dia 31 de Junho, o plantel da equipa senior de futebol que vai representar a colectividade no Campeonato Nacional da Terceira Divisão. É um plantel totalmente renovado em relação às últimas épocas, com muitas caras novas e muita juventude.Do grupo de trabalho, que na época passada conseguiu com brilho a manutenção, sairam 19 jogadores, o treinador principal e o director desportivo Miguel Cunha, que era o grande elo de união no interior do grupo, daí a grande dificuldade em formar o novo plantel.A comissão administrativa que gere os destinos do Clube Atlético Riachense está consciente das dificuldades que vão encontrar na terceira Divisão Nacional e por isso as previsões e objectivos para a época são realistas. “Apenas queremos dignificar a camisola do Riachense e tentar garantir a manutenção, disse o agora director desportivo, Luís Carlos.José Júlio Ferreira dise em nome da Comissão administrativa que a manutenção ou não na terceira divisão foi muito discutida entre os dirigentes. “Temos consciência das dificuldades em encontrar patrocínios para o clube, queremos manter a tradição de cumprir com todos os nossos compromissos, por isso a opção por mantermos a equipa no nacional é apenas para defender o nome e o prestígio do Atlético Riachense”, garantiu.A saída de tantos jogadores do plantel foi uma situação inédita no Riachense, habituados a ver os jogadores há muitos anos no clube sair sócios e dirigentes ficaram incrédulos, mas não baixaram os braços e partiram, tarde, à procura de formar um grupo de trabalho para representar o clube e a vila com dignidade.“Não temos dinheiro para entrar em grandes aventuras e depois da saída de tantos jogadores, aliciados por melhores ordenados, resolvemos apostar em jovens e procurando também encontrar disponíveis alguns jogadores com mais experiência para contrabalançar as forças”, referiu Luís Carlos. O dirigente alertou ainda os associados presentes de que este grupo de trabalho, jogadores e treinadores, não vem substituir os que sairam. “Vêm com vontade de representar o Atlético Riachense com dignidade. Precisam do vosso apoio para que dentro do campo possam lutar pela vitória”, disse com alguma emoção.Mas o plantel apresentado dá garantias de lutar por um bom campeonato e isso é um ponto de satisfação para os dirigentes. O clube apostou mais uma vez num treinador que conhece bem a casa, Luís Canhoto, mais conhecido por “Meszaros”, que vai ter como adjuntos Pedro Monserrate e Paulo Serra, tudo gente da casa e manteve apenas seis atletas do plantel do ano passado.O novo treinador tem assim à sua disposição os jogadores que transitam da época passada: Paulito, Cláudio, David, Fábio Pereira, Lukas, Milu e João Lopes, dois jogadores que já se tinham afastado do futebol de onze e que agora regressam para ajudar o Riachense nesta fase bem difícil. As caras novas são: Daniel Pires, João Lourenço, (ambos ex-Cidade Ferroviária); Diogo Dias e Leandro Gameiro (ambos ex-Assentis); Diogo Mateus (ex-Tramagal); Gonçalo Santos, Ricardo Pires, Rosa, Sérgio Sousa, Tiago Prates (todos ec-CADE), Marcos Gameiro (ex-Cernache); Marco “Alemão, (ex- Mação); Paulo Jorge, Telmo e Vitor Bernardes (ex-Pego); Pedro Nobre (ex-Torres Novas); Ricardo (ex-União de Tomar) e Tiago Godinho (ex-Goleganense). Um treinador que não teme as responsabilidadesLuís Canhoto “Meszaros” é um treinador já com alguma experiência, desempenha a tarefa de técnico porque gosta da modalidade e de trabalhar em grupo, por isso não teme o desafio que tem pela frente. “É um desafio que qualquer treinador gostaria de ter. Qualquer treinador gosta de trabalhar nestas condições difíceis, construir uma equipa não é fácil, mas eu estou motivado para isso”, garantiuO técnico tem consciência de que vai ter muito trabalho pela frente, não vai ser fácil fazer esquecer a equipa da época passada. “Não, não vai ser fácil, mas o que eu vou transmitir aos jogadores e aos sócios éque não há comparações entre o passado e o futuro. Para fazer comparações teremos que as fazer em tudo, desde orçamento à estrutura. Estes jogadores não vêm substituir os outros vêm jogar aquilo que eles sabem e podem”, disse Meszaros.Os dirigentes que contataram Meszaros foram honestos e por isso o técnico está agradecido. “Nunca ninguém me enganou, quando vieram falar comigo os dirigentes foram bem claros, disseram-me desde logo quais eram as dificuldades do clube. Muitos treinadores não aceitariam porque tinham medo de queimar a sua carreira. Eu não tenho esse medo, a minha carreira é divertir-me a treinar. Treino qualquer clube sempre com a melhor disposição”, garantiu.Contudo o técnico não ficou indiferente à debandada dos jogadores. “Compreendo a situação mas estranhei, o Riachense é um clube que trata bem os jogadores e cumpre sempre com o que promete. Este ano não pode dar muito e ainda há clubes que o podem fazer, por isso cada um é livre de fazer as suas opções”, disse.Meszaros está convicto de que tem matéria prima para formar uma boa equipa, lamenta apenas ir começar tarde. “Temos que formar uma equipa em pouco tempo, e vamos de certeza levar alguns murros bem grandes de início, mas acredito que aos poucos vamos conseguir convencer e levar os adeptos a apoiar este grupo, nem que seja por verem a coragem que tiveram em aceitar este desafio. Os dirigentes não nos pediram nada, apenas querem que dentro do campo dignifiquemos a camisola do Riachense, e disso eu não tenho dúvidas de que o vamos fazer”, disse a terminar.

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