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Rever velhos amigos, petiscar e dançar para esquecer a crise

As razões para não perder as Festas Populares e em Honra de Nossa Senhora da Assunção

Reencontrar velhos amigos, dar um pé de dança, provar petiscos e esquecer a crise. Motivos não faltam para visitar as Festas Populares e em Honra de Nossa Senhora da Assunção, em Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira. Que o diga quem percorre o recinto das festas todos os anos.

Manuel Machado Figueira, fresador mecânico, Alverca Trazer grupos populares para animar a maltaManuel Machado Figueira, 61 anos, reside em Alverca mas sempre que pode dá um salto à vizinha freguesia de Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, onde trabalha, para visitar as Festas Populares e em Honra de Nossa Senhora da Conceição. Gosta da música e do convívio com os amigos e pessoas conhecidas da vila. “Também gosto muito da festa brava quando há”, refere. Para Manuel Machado Figueira o petisco faz parte da festa e sempre que aparece no baile vai provando o que há. “Também gosto de dançar, se a companheira souber”, diz com um sorriso. Para o fresador mecânico viver em Vialonga é quase como viver em Alverca. Uma terra pacata e sem zonas de diversão. “Aos fins-de-semana e especialmente agora no Verão fica tudo mais morto”, analisa. Se participasse na organização das festas de Vialonga tentaria trazer mais grupos de música popular portuguesa. “Há bons grupos que levam pouco dinheiro”, sugere.Manuel Machado Figueira, fresador mecânico, Alverca Trazer grupos populares para animar a maltaManuel Machado Figueira, 61 anos, reside em Alverca mas sempre que pode dá um salto à vizinha freguesia de Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, onde trabalha, para visitar as Festas Populares e em Honra de Nossa Senhora da Conceição. Gosta da música e do convívio com os amigos e pessoas conhecidas da vila. “Também gosto muito da festa brava quando há”, refere. Para Manuel Machado Figueira o petisco faz parte da festa e sempre que aparece no baile vai provando o que há. “Também gosto de dançar, se a companheira souber”, diz com um sorriso. Para o fresador mecânico viver em Vialonga é quase como viver em Alverca. Uma terra pacata e sem zonas de diversão. “Aos fins-de-semana e especialmente agora no Verão fica tudo mais morto”, analisa. Se participasse na organização das festas de Vialonga tentaria trazer mais grupos de música popular portuguesa. “Há bons grupos que levam pouco dinheiro”, sugere.José Ribeiro, empresário, AlvercaOs dias em que os filhos da terra regressam a Vialonga Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, não é uma terra de muitos emigrantes mas José Ribeiro, 45 anos, empresário, tem muitos amigos que voltam à freguesia propositadamente na altura das festas. “São um excelente pretexto para o encontro de todos e muitos emigrantes escolhem este período de Agosto para cá vir também por causa das festas”, explica o empresário que não só vai todos os anos aos festejos como faz ainda questão de dar um pequeno patrocínio. Além do ambiente de bairrismo que se vive José Ribeiro também aprecia a vertente religiosa das Festas Populares e em Honra de Nossa Senhora da Assunção. “A fé vai desaparecendo aos poucos das cidades. É bom que se mantenha numa terra que está tão próximo da capital”, exemplifica. Vê cada vez as festas com mais gente e aproveita para destacar o esforço das entidades envolvidas na organização dos festejos. “Nunca se pode agradar a todos mas nota-se que a organização tem melhorado ao longo dos anos e são cada vez mais as pessoas que participam”.Hernani Ferreira Soares, reformado, VialongaQuando se chegava ao recinto das festas a cavaloQuando Hernani Ferreira Soares pensa nas festas populares da sua juventude a primeira recordação que lhe vem à memória é a de ter chegado ao recinto da festa montado num cavalo. “O meu pai era agricultor e eu costumava ir de cavalo para as festas”, recorda. Nos últimos anos não tem sido uma presença assídua porque o evento decorre sempre no mesmo período em que vai à caça para o Alentejo. “Se estiver por cá gosto sempre de dar um saltinho às festas para comer e beber”, confessa. Hernani Ferreira Soares, 67 anos, reformado, que já chegou a ser o segundo comandante dos Bombeiros Voluntários de Vialonga, conhece muita gente da terra e aproveita sempre as festividades para também matar saudades. Gosta muito de assistir ao fogo-de-artifício e garante que as festas são importantes para animar a malta. “Não sou dos que defendem que antigamente é que era bom. Só tenho pena de não ver a mesma familiaridade que antigamente existia entre todos, mas é uma consequência normal do crescimento de Vialonga”, refere o morador.Carlos Delgado, serralheiro, Vialonga, Antigamente os jovens esperavam ansiosamente pelos dias da festaCarlos Delgado, 47 anos, nascido e criado em Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, marca presença desde sempre nas festas populares da freguesia. Elege o dia da procissão em honra de Nossa Senhora da Assunção como o seu preferido. Os petiscos na companhia dos amigos também o levam a sair de casa com a família. Tem saudades dos tempos em que ir às festas era um acontecimento. “Não existia teatro ou cinema e as festas eram a maior diversão dos meus tempos de juventude. Gerava-se entre todos uma impaciência muito grande porque parecia que os dias nunca mais chegavam”, recorda. Hoje considera que existem outras diversões e festas em redor do concelho que vão dispersando o público. Mesmo assim Carlos Delgado acredita que as festas dão ânimo à terra e jamais devem acabar. O serralheiro gosta de ver Vialonga a crescer embora não deixe de se entristecer com o desaparecimento da ligação entre as gentes da terra. “Hoje em dia entra-se num estabelecimento e são poucos os que dizem ‘bom dia’ ou ‘boa tarde’. Tenho saudades dos tempos em que todos se conheciam e respeitavam”, desabafa.Festas qb para ajudar a esquecer a crise Luís Jorge Rodrigues, gestor, Granja (Vialonga)Ir às festas de Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, é uma necessidade para Luís Jorge Rodrigues, residente na Granja (Vialonga). O presidente da Sociedade Recreativa da Granja, 41 anos, gestor de profissão, gosta sobretudo do convívio e da amizade. Defende que se deve incentivar as pessoas da terra a sair de casa e a participar. “A maior parte das pessoas vive só para o trabalho, chega a casa e dorme, sem se preocupar com mais nada do que se passa na freguesia”, lamenta. A festa de Vialonga é também uma forma das pessoas da terra poderem petiscar e ouvir um pouco de música. Vive há 15 anos na Granja e garante que é um bom sítio para morar, calmo e a “pouco mais” de cinco minutos de Lisboa. “Sempre trabalhei em Lisboa e fiquei saturado de tudo aquilo, de tal ordem que vim morar para aqui e trouxe a minha empresa”, garante. Se fosse o organizador das festas de Vialonga faria um evento semelhante ao que já faz na Granja todos os anos, com bailes de música popular, petiscos e actividades desportivas. Porque, diz, esquecer a crise é uma das prioridades. E aparecer na festa pode ajudar.

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