
Moradores da Quinta da Seta em A-dos-Bispos temem incêndios devido a folhagem seca
Espaços exteriores da urbanização não são cuidados há mais de cinco anos
Na Quinta da Seta, em A-dos-Bispos, Vila Franca de Xira, os moradores estão revoltados com a falta de atenção que está a ser dada aos espaços exteriores, que acumulam lixo e folhas secas, o que aumenta o risco de incêndio.
Árvores secas, folhagem espalhada pelas ruas à espera de ser recolhida e lixo acumulado em vários pontos da urbanização são alguns dos problemas apontados pelos moradores da Quinta da Seta, em A-dos-Bispos, Vila Franca de Xira.Os moradores temem que a folhagem seca se transforme em combustível para os incêndios. A urbanização, uma das mais caras de Vila Franca de Xira, fica situada num monte e apesar da vista sobre a lezíria e o Tejo o que não sai dos olhos dos moradores é o lixo que está espalhado um pouco por toda a urbanização. As ervas daninhas e outra vegetação invasiva cresce sem controlo entre os passeios e as tampas de esgoto. “Não fosse a presença de alguns moradores e automóveis e dir-se-ia que estamos numa urbanização fantasma”, descreve Francisco Mota a O MIRANTE.Vários moradores garantem que já têm enviado queixas à câmara municipal de Vila Franca de Xira, transmitindo as suas preocupações sobre os impactos que o lixo e as ervas terão na saúde pública. “Há ratos, carraças e tudo o que é mau”, critica Aurélia Martins, residente. Uma das últimas queixas a chegar à câmara municipal foi de António Montez, morador na Quinta da Seta há cinco anos. “Desde essa altura que a limpeza, desmatação de ruas e passeios não existe. Tudo isto é uma constante e tem vindo a agravar-se”, refere o morador na comunicação enviada ao município. Pedro Sousa, outro morador, explica que já foi organizado um abaixo-assinado mas as assinaturas de pouco valeram. “O que acontece é que a urbanização ainda não está pronta e por isso estas intervenções são da responsabilidade do urbanizador que não as tem realizado. Mas como já passaram cinco anos as últimas notícias que temos são as de que a câmara municipal está a preparar-se para usar as garantias bancárias existentes para proceder aos arranjos que são necessários e terminar os trabalhos previstos”, refere Pedro Sousa. O MIRANTE contactou a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira sobre esta matéria mas nenhuma resposta nos foi entregue até à data de fecho desta edição. Várias tampas de esgoto mais elevadas que o alcatrão existente, candeeiros públicos sem luz e buracos nos arruamentos são outras das queixas de quem ali vive.“Durante uns dois anos ainda tratei e limpei das ervas que estavam à minha porta mas depois deixei de o fazer porque uma coisa é a pessoa substituir-se às obrigações de quem é responsável por elas durante umas semanas. Outra coisa é fazer esse trabalho durante meses. Não pode ser”, lamenta outro morador. “Pergunto se fosse algum autarca a morar neste lugar se os problemas não teriam já sido resolvidos”, questiona António Montez.

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