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Dívidas a fornecedores obrigam supermercado de Samora Correia a fechar portas

Dívidas a fornecedores obrigam supermercado de Samora Correia a fechar portas

Duas dezenas de pessoas ficaram sem trabalho

Um supermercado localizado à beira da Estrada Nacional 118 em Samora Correia, concelho de Benavente, fechou portas ao fim de sete anos de actividade e deixou duas dezenas de trabalhadores sem emprego. Funcionários queixam-se que os seus direitos não foram acautelados.

O supermercado “Supersol”, situado junto à Estrada Nacional 118 em Samora Correia, concelho de Benavente, entrou em processo de insolvência na última semana e deixou duas dezenas de pessoas sem emprego. Os trabalhadores queixam-se de que os seus direitos não foram acautelados e garantem não ter recebido a carta de despedimento que lhes dá direito à candidatura ao subsídio de desemprego. As dívidas a fornecedores que se acumulavam há vários meses são uma das causas apontadas para o encerramento do estabelecimento, que operava em Samora Correia há sete anos. O valor da dívida não foi ainda tornado público.Na semana passada a administração fechou as portas do supermercado e os trabalhadores ficaram reunidos na rua em protesto pela forma como todo o processo foi conduzido.“Fomos convocados no dia 22 de Agosto para uma reunião com a administração em que nos disseram que o estabelecimento no dia a seguir já não ia abrir. Foi tudo tratado verbalmente, não trouxemos qualquer indemnização para casa, não trouxemos nenhum papel para poder usufruir do subsídio de desemprego e continuamos vinculados na empresa”, lamenta a O MIRANTE Marisa Santos, 37 anos, funcionária. A viver sozinha e com dois filhos em idade escolar, a situação de Marisa torna-se agora um pesadelo. “Não sei como vou aguentar”, lamenta.O “Supersol”, garantem as funcionárias, chegou a facturar perto de um milhão e meio de euros por ano. “Queremos manifestar a nossa indignação para que a população de Samora saiba o que está a acontecer”, acrescenta Marisa Santos.O “Supersol” de Samora fazia parte de uma cadeia de lojas alimentares de um grupo chamado “Bom Dia - Sociedade de Gestão de Exploração de Supermercados SA”, criada pela Cash & Carry Manuel Nunes & Fernandes Lda. Liliana Patrício foi uma das primeiras funcionárias a entrar no supermercado quando este iniciou a sua actividade. No último ano suspeitava da situação delicada da empresa mas tinha esperança no aparecimento de um comprador para o espaço, que nunca apareceu. “Já esperávamos pelo fecho da loja mas nunca pensámos sair desta maneira, sem carta para o desemprego e sem os nossos direitos. Ainda tivemos a esperança da loja ser vendida a uma outra cadeia de supermercados mas agora já não acredito nisso”, refere. Os trabalhadores receberam os ordenados até ao dia 22 de Agosto e teme-se agora que alguns dos produtos frescos situados no interior do estabelecimento se degradem caso a electricidade seja cortada.A abertura de outros supermercados semelhantes na cidade, com preços mais aliciantes, terá também levado a uma quebra de clientes que terá precipitado a insolvência. O MIRANTE contactou a administração da empresa mas nenhuma resposta foi enviada até à data de fecho desta edição. Na sua página na Internet a empresa salienta o “pleno funcionamento” de quatro unidades a nível nacional (Torres Novas, Sesimbra, Twin Towers Lisboa e Samora Correia) e refere que um dos objectivos a médio e longo prazo seria “a expansão do negócio”, o que em Samora não se verificou.
Dívidas a fornecedores obrigam supermercado de Samora Correia a fechar portas

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